Aircross de entrada vira boa opção de compacto

Por R$ 50 mil, versão de entrada substitui a minivan C3 Picasso com bom pacote de série e espaço maior que hatches aventureiros

Citroën Aircross 2016 | Imagem: Divulgação

Muitas vezes criticamos uma empresa por errar sua estratégia, mas geralmente esquecemos que as montadoras precisam planejar um produto com cerca de três anos de antecedência. Sim, o carro que você poderá comprar em 2019 está sendo pensado neste momento.

E como acertar na mosca sem saber exatamente o que o cliente buscará? Exatamente por isso hoje a Citroën decidiu encerrar a carreira do C3 Picasso, minivan compacta derivada do hatch C3 e que chegou ao Brasil em maio de 2011. Na época, parecia lógico ter um modelo familiar que usasse o nome da irmã maior C4 Picasso e de sua antecessora, a Xsara Picasso - o que o iG concordava, aliás.

O que a Citroën só descobriu depois é que o público estava mais a fim de levar para casa o Aircross, na essência o mesmo carro, mas com o visual de inspiração off-road. Então, por que não dar esse ar aventureiro também ao C3 Picasso?

É exatamente disso que se trata o novo Aircross 1.5 Start, versão mais em conta do modelo, com preço de R$ 49.990, simbolicamente encaixado abaixo dos R$ 50 mil. É pouco mais do que a Citroën cobrava do primeiro C3 Picasso GL (R$ 47.990), mas que tinha motor 1.6 litro.

Agora, no entanto, o cliente leva um carro mais alto, com um visual atraente e mais refinado, além de uma lista interessante de equipamentos de série.

De olho nos hatches aventureiros

A sacada da Citroën é clara: atrapalhar a vida dos hatches aventureiros como o CrossFox, Sandero Stepway e o HB20X recém renovado. Todos têm em comum os adereços off-road e alguns a suspensão elevada, para facilitar a passagem por pisos irregulares, mas o Aircross leva vantagem justamente pelo espaço interno bem mais generoso.

De quebra, para quem busca maior eficiência, a versão 1.5 não leva o estepe do lado de fora, o que dispensa o suporte para o pneu que pesa cerca de 18 kg, o mesmo que um criança pequena ou uma mala carregada.

E, para ser honesto, o Aircross não perdeu a graça sem o tal estepe de jipe antigo graças às boas soluções estéticas da equipe brasileira que o desenhou.

Fácil de dirigir

Mesmo na versão 1.5, que não traz alguns itens do Aircross top de linha como ar-condicionado digital e paddle-shifts no volante, o ‘aventureiro’ agrada pelo interior espaçoso, a boa visibilidade e o conjunto mecânico recalibrado.

O motor 1.5 tem 93 cv de potência e pouco mais de 14 quilos de torque e o câmbio manual é o mesmo de cinco marchas já usado anteriormente com uma mudança importante: a relação do diferencial foi alterada em 5% deixando o carro mais econômico. Isso foi possível porque o novo Aircross passa a usar uma direção de assistência elétrica ante a hidráulica usada no modelo antigo. Como é mais eficiente, a direção elétrica permitiu um ganho de energia que permitiu alongar as marchas do carro.

A fabricante também revelou ter reforçado a suspensão para torná-la mais maleável e sem os conhecidos trancos de outros carros. Na prática, ainda assim o Aircross bateu seco em alguns buracos do percurso de teste.

A combinação motor, câmbio, suspensão e direção mostram um carro fácil de guiar e agora um pouco mais ágil em curvas e retomadas, mas é preciso ver como ele se comporta com mais peso – estávamos apenas em dois ocupantes e sem bagagem.

 
 
Citroën Aircross 2016 Citroën Aircross 2016
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Cadê o botão de desligar a central?

O Aircross passa a incorporar a nova central multimídia da PSA, com espelhamento de smartphones pelo sistema CarPlay (Apple) e Mirror Link. Ela é um pouco confusa de operar já que há alguns botões físicos e outros na tela touchscreen, mas o que chamou nossa atenção mesmo foi a ausência do botão de ligar e desligar a central. Há apenas duas possibilidades de tirá-la do ar: ou desligando a tela por um caminho tortuoso ou apertando os botões de volume simultaneamente para acionar o ‘mute’.

A versão Start tem ar-condicionado manual e acabamento com menos detalhes, mas não transparece simplicidade.

Imagem da marca

A imensa aceitação da picape Hilux antiga mesmo há semanas da aposentadoria revela um aspecto impressionante no mercado brasileiro: o consumidor pesa muito mais o valor de uma marca do que muitas vezes do produto. Sem dúvida, esse é o grande desafio da Citroën. A marca, é verdade que em menor escala que sua irmã Peugeot, não goza de uma imagem tão boa quanto uma Toyota e portanto, não basta ter um bom carro nas mãos, o que parece ser o caso do novo Aircross, mas sim convencer o público de que vale a pena apostar nela.

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