CET: só 11% usam cinto de segurança atrás

Pesquisa da entidade revela que uso de quem vai na frente, no entanto, chega a 90%

Cinto inflável da Ford | Imagem: Ford

Por mais que os automóveis avancem tecnologicamente, principalmente do ponto de vista da segurança, muitos motoristas ainda têm hábitos antigos – e perigosos. Enquanto algumas montadoras, como a Ford, por exemplo, investem milhões para incorporar um airbag dentro do cinto de segurança, muitos passageiros do banco de trás ignoram o equipamento. Isso é o que revela uma pesquisa realizada pela Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo, que aponta que apenas 11,2% dos adultos que vão atrás não usam cinto de segurança. E entre as crianças, somente 28,4% são corretamente transportadas.

"O motorista ainda tem a preocupação de que vai ser multado, mas esse comprometimento não existe em quem está atrás", explica Nancy Schneider, gerente de segurança da CET. "Quem não usa cinto atrás é uma arma. Ele provoca risco para si e também para os ocupantes da frente. Mas acaba achando que está seguro", ela completa. Por “arma”, Nancy se refere ao fato de que numa colisão o passageiro de trás é arremessado para frente, esmagando quem está nos bancos dianteiros contra painel e para-brisas.

O estudo da CET, por outro lado, mostra que 92,9% dos ocupantes da frente usam cinto de segurança. Esse número sobe para 96,4% considerando os motoristas de carros de passeio, 98% levando em conta os condutores de ônibus e 99% em relação aos taxistas.