Gol perde a majestade, mas Volks ainda é líder em hatches compactos

Exceto pela Ford, que conseguiu avançar com os novos Fiesta e Ka, as outras marcas tradicionais perderam território, sobretudo a Volks que antes detinha quase um terço desse segmento em 2011, confrontando apenas os primeiros três meses daquele ano com 2015. A Fiat perdeu quase 5 pontos percentuais e a GM, 2,7%.

Quem mais tirou participação delas foi a Hyundai, que estreou na categoria em 2012 com o HB20. Hoje ela vende mais carros nessa fatia do mercado do que a Renault, que possui dois modelos concorrendo, o Sandero e o Clio. Toyota e Nissan, juntas, detêm mais 5,3% das vendas, apesar desta última ainda não ter voltado aos bons tempos de 2012 quando o March teve até fila de espera.

A fatia deste bolo só não é maior para as ‘new comers’, como foram chamadas as montadoras mais novas, porque as francesas Citroën e Peugeot encolheram. Mesmo com o C3 renovado, a Citroën perdeu 1% de participação e a Peugeot, 0,7%, só amenizado pela chegada do 208.

Volks ainda à frente

O mercado de hatches pequenos só não está mais distribuído porque as grandes montadoras mantém um portfólio mais amplo nesse setor. A Chevrolet, por exemplo, vende o Onix e o Celta, embora tenha tirado de circulação o Agile e o Sonic. A Fiat, por sua vez, oferece o Palio, o Uno e o Punto, todos considerados ‘compactos’.

Mas é a Volkswagen que, apesar de perder o Gol G4 após a exigência de airbags e ABS em 2014, ainda figura com o maior volume entre os hatches compactos. Isso graças aos quatro modelos que tem em seu portfólio: o Gol, o Fox, Polo e o novo up!, que compensou em parte as vendas perdidas pelo velho Gol.

A tendência é que não existam mais campeões de vendas como no passado. Isso porque há mais competidores fortes e, sobretudo, um cliente que não é assim tão fiel a uma marca. Para ele, o importante é um carro moderno, bonito e, claro, acessível e equipado.