Jeep Compass chega para ser a referência no segmento

Testamos a versão intermediária do Compass 2.0 flex, a Longitude, que deverá ser a mais procurada do modelo
Jeep Compass 2017

Jeep Compass 2017 | Imagem: Divulgação

Depois de apresentar o SUV com motor a diesel no fim de setembro, agora a estratégia da Jeep para o recém-lançado Compass fica clara. Caberá às versões mais caras – trazendo o 2.0 MultiJet II sob o capô – encarar os rivais alemães da categoria de SUVs médios, com destaque para modelos como o Audi Q3 e o Mercedes-Benz GLA. Já para enfrentar os congêneres asiáticos, elencando uma lista com modelos de peso na categoria como Honda CR-V, Toyota RAV4 e Hyundai ix35, a carta na manga da Jeep para o Compass foi importar do México o motor 2.0 Tigershark, torná-lo flex e realizar um casamento (bem-sucedido) com o câmbio automático Aisin de 6 marchas.

O fato de ser produzido no Brasil, ao lado do Renegade e da Fiat Toro, confere ao Compass uma vantagem bem interessante em termos de preço, algo que a Jeep soube valorizar bem. Mesmo se colocado ao lado do Hyundai ix35, outro SUV médio feito aqui, o representante da Jeep continua na dianteira quando o assunto é custo-benefício. Desde a versão de entrada, a Sport 2.0 flex, tabelada em R$ 99.990, o Compass conta com os controles de tração e estabilidade, freio de mão com acionamento elétrico e central mulitmídia com navegador, itens que o ix35 de mesmo valor não contempla.

Pelo menos para início das vendas do Compass, previstas para começar a partir de 5 de novembro, a Jeep aposta que o motor 2.0 flex será responsável por 70% do mix de vendas do SUV e, dentro desse total, a versão intermediária Longitude deverá ser a mais procurada com o propulsor Tigershark sob o capô. E foi por esse motivo que o AUTOO a escolheu para o primeiro teste com o Compass.

Com um bom pacote de itens de série, o Compass Longitude 2.0 flex de R$ 106.990 acrescenta em relação ao Sport as rodas de liga leve aro 18”, chave presencial e central multimídia com uma generosa tela de 8,4”. Um deslize, contudo, vai para o revestimento interno de couro. O Compass Logitude sai de fábrica apenas com o volante revestido do material, sendo, que se você quiser os bancos e laterais de porta com este requinte será preciso adquirir o “pacote premium” (R$ 3.500) e levar em conjunto o sistema de som Beats com 506W de potência, sensores de chuva e luminosidade e retrovisor interno eletrocrômico. Convenhamos que, quando se paga mais de R$ 100.000 em um carro, seria interessante ele já oferecer o revestimento interno de couro, concorda?

 
 
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
Jeep Compass 2017
Jeep Compass 2017
 
 

Configurações à parte, por dentro do Compass o que notamos é a boa qualidade de acabamento introduzida pelo Renegade e que destaca a “aura premium” da marca Jeep por aqui. Com plásticos de bom aspecto visual, botões e comandos rotativos com o peso certo para o acionamento e uma ergonomia bem acertada, o Compass já agrada na hora que você entra no carro para dirigir. Os bancos dianteiros contam com encostos generosos para as costas e cabeça, acomodando bem o corpo. Os porta-objetos e porta-copos no console central estão bem posicionados, criando um ambiente bem prático para motoristas e passageiros.

Ponto positivo também vai para a boa arquitetura interna do Compass. Ela é muito boa para 4 adultos e o porta-malas de 410 litros já é o suficiente para acomodar com facilidade o conjunto de bagagens de uma família. Curioso que, apesar dos 1,81 m de largura da carroceria, a sensação no banco traseiro do Compass é que faltará espaço para os ombos dos passageiros caso você acomode um adulto no meio do banco. Mesmo assim, no que diz respeito a área para pernas e cabeça não há do que reclamar.

A suspensão independente nas quatro rodas do Compass é outro atributo que rende comentários bem favoráveis. Com geometria McPherson para os eixos dianteiro e traseiro, o Compass é um carro bem singular ao reunir características peculiares dos estilos norte-americano e europeu, uma prova de que a fusão Fiat Chrysler deve render bons frutos. Do lado dos americanos, o Compass é um carro extremamente suave na cidade, esforçando-se ao máximo para que sacolejos de buracos, valetas e lombadas não chegem aos passageiros. Já na hora em que você cai na estrada e encara uma serra cheia de curvas verá como o Compass entrega uma sensação de segurança e controle dinâmico pouco vistas na categoria, algo que seguramente tem o dedo dos engenheiros italianos.

Curioso no Compass também é a posição de dirigir, bem mais próxima a de um sedã do que um SUV. O volante está em uma linha mais reta em relação aos braços do motorista, o qual não fica tão verticalizado como em alguns concorrentes. Sem dúvida é uma proposta que agradará em cheio quem gosta de um tempero a mais de esportividade na hora de dirigir. Ou será que deixar o Compass mais próximo a um sedã foi intencional? Pelo visto não resta nenhuma dúvida.  

 

Jeep Compass Longitude 2.0 flex

  • Resumo

    Preço

    R$ 106.990

    Categoria

    SUV médio

    Rivais

    Honda CR-V, Toyota RAV4, Hyundai ix35

    Vendas em 2015

    estreia em 2016

  • Mecânica

    Motor

    2.0 16V, flex

    Potência

    166 cv (E) / 159 cv (G) a 6.200 rpm

    Torque

    20,5 kgfm (E) / 19,9 kgfm (G) a 4.000 rpm

    Transmissão

    Automática, 6 marchas

  • Dimensões

    Medidas

    4,41 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,63 m de altura e 2,63 m de entre-eixos

    Peso

    1.541 kg

    Porta-malas

    410 litros

 

Segundo a Jeep o motor 2.0 Tigershark consegue levar o Compass Longitude de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos e até 192 km/h de velocidade máxima quando abastecido com etanol, o que resulta em parciais de consumo na casa de 5,5 km/l na cidade e 7,2 km/l na estrada. Com gasolina, o consumo melhora sensivelmente, chegando a médias de 8,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada, valores que foram semelhantes aos obtidos pelo AUTOO durante nossa avaliação. Apenas como comparação, um Honda CR-V 2.0 16V com tração integral é capaz de percorrer 9,2 km/l na cidade e 11,5 km/l na estrada com gasolina.

Ao volante do Compass as respostas do 2.0 Tigershark flex são bem semelhantes às encontradas a bordo do Honda CR-V e do Hyundai ix35. Se não surpreende em termos de desempenho, ao menos o Jeep não é um modelo que dá dor de cabeça quando você precisa realizar uma ultrapassagem ou uma aceleração mais rápida. Nesse ponto o câmbio automático de 6 marchas ajuda bem. Caso necessário também é possível controlar as marchas por meio de borboletas no volante. O baixo nível de ruído do 2.0 Tigershark também se destacou durante nosso teste.

Uma movimentação interessante da Jeep para o Compass está no pós-venda, muitas vezes repleto de cifras elevadas para os modelos da categoria. A Jeep, por sua vez, que reverter o estigma que assola o segmento com um plano de revisões fixas, realizadas a cada 12.000 km, e que somam R$ 2.013 para as três primeiras. O Compass também conta com três anos de garantia e o “privilege service”, que oferece veículo reserva por 2 anos inclusive nos casos em que os reparos nas concessionárias levar mais do que 24h.

Chegando preparada para atingir uma meta ambiciosa, a Jeep espera comercializar em torno de 2.000 a 2.500 unidades/mês do Compass. Considerando as qualidades que o modelo mostrou em nossa avaliação e o cuidado da marca no pós-venda, não é difícil apostar que o número proposto pela fabricante será atingido. O Compass desponta como a melhor opção dentro da categoria de SUVs médios, seja do ponto de vista racional como emocional.

Recomendados por AUTOO

Youtube
Nova Chevrolet Spin 2025

Nova Chevrolet Spin 2025

Minivan renovada quer fazer frente aos quase SUVs do mercado
Aviação
Argentina terá caças F-16

Argentina terá caças F-16

Jato supersônico é rival do Saab Gripen, da Força Aérea Brasileira. Veja quantos aviões nossos vizinhos compraram
AUTOO
Siga o AUTOO em nosso canal no WhatsApp

Siga o AUTOO em nosso canal no WhatsApp

Acompanhe as notícias sobre automóveis do site de forma mais rápida e prática!