Maio amarelo: vamos colaborar para reduzir as mortes no trânsito

Campanha de conscientização ganha força entre o público e alerta para a conscientização dos motoristas
Maio Amarelo

Maio Amarelo | Imagem: Reprodução internet

Criado há 3 anos como ferramenta para conscientização da sociedade sobre o expressivo número de acidentes fatais no trânsito e de feridos graves no Brasil e no mundo, o Movimento Maio Amarelo, tem conquistado cada vez mais adesão.

De âmbito multissetorial, o Maio Amarelo, nos primeiros 15 dias da edição deste ano, obteve a adesão de 364 brasileiras e de 23 países dos 5 continentes, entre eles, Áustria, Espanha, Reino Unido, Holanda, Portugal, EUA, Índia, Marrocos, Costa do Marfim, Tunísia, Argentina, Uruguai e México.

Nas cidades estão sendo desenvolvidas durante este mês de maio, variadas ações e atividades com o objetivo proposto pelo Movimento, ou seja, conscientizar a população em prol da adoção de práticas simples e seguras de direção e trânsito evitando, deste modo, os acidentes. No ano passado, 267 municípios no Brasil aderiram ao Movimento.

A mobilização, que neste ano adotou como temas a velocidade e a necessidade de uso do cinto de segurança também no banco traseiro, ganhou, apenas no Brasil, a adesão de 195 entidades da sociedade civil, 52 prefeituras e de 580 empresas privadas, perfazendo um total de 1008 parceiros na busca pela redução das mortes e de feridos graves no trânsito.

Nos primeiros 15 dias do mês, 628 atividades relacionadas ao Maio Amarelo haviam sido informadas ao site oficial do Movimento. O total, porém, é seguramente maior, uma vez que as ações são desenvolvidas pelas mais diferenciadas entidades que não têm, necessariamente, que informá-las ao site oficial.

Rede Sociais

Inspirado em mobilizações como o Outubro Rosa e o Novembro Azul (de combate ao câncer), o Maio Amarelo, criado pelo ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária) – e que tem como símbolo um laço amarelo -, está movimentando também as redes sociais. A página oficial do movimento no Facebook obteve, desde que foi publicada, em 1º de maio, 40 mil curtidas. Seu alcance foi, no mesmo período, de 600 mil pessoas, com envolvimento de 150 mil delas, que representam, respectivamente, aumento de 120% e de 721%em relação ao ano passado.

Também no Facebook a página oficial do Maio Amarelo teve 21 mil visualizações, com aumento de 1125% quando comparado ao ano passado. Organicamente ela acumulou 8 mil novas curtidas, que indicam aumento de 900% em relação a 2015.

Segundo monitoramento feito nas redes sociais, as mulheres com idade entre 24 e 35 são as que mais acessam a página no Facebook. E o dispositivo mais usado para isso são os celulares. Nessa rede social existem cerca de 70 outras páginas sobre a mobilização. E os vídeos com o tema Maio Amarelo também no Face obtiveram mais de 1,5 milhão de visualizações.

No Google, a busca pelo termo Maio Amarelo encontra 564 mil resultados. E aproximadamente 96 mil notícias, além de 29 mil vídeos sobre o movimento.

Já o site oficial do Maio Amarelo obteve 60 mil acessos desde o início de maio. Deste total, 39 mil são relacionados a pessoas diferentes que visualizaram 132 mil páginas contidas no site. A duração média de cada acesso foi de 3m30s. No Twibbon, 2,5 mil pessoas aderiram à campanha #EuSou+1 e colocaram na foto de perfil do Facebook, conforme proposta do ONSV. No Twibbon, 2,5 mil pessoas aderiram à campanha #EuSou+1 e colocaram na foto de perfil do Facebook, conforme proposta do ONSV, criador do movimento.

Mortes no trânsito

O volume de acidentes fatais nas vias e rodovias brasileiras, como define José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do ONSV, “é avassalador”. Eles foram responsáveis pela perda de mais de 43 mil vidas, das quais 7,8 mil de pedestres, em 2014, últimos dados oficiais disponíveis pelo Ministério da Saúde (sistema DataSus).

“Para termos uma ideia da gravidade, as epidemias de dengue, por exemplo, causaram 4 mil mortes em 10 anos, de 2005 a 2015. Já as mortes em acidentes de trânsito chegaram a 500 mil em período similar, sem contar que em outras 500 mil pessoas tiveram sequelas permanentes”, diz Ramalho.

Do mesmo modo, o diretor-presidente do OBSERVATÓRIO lembra que, além de prejuízos emocionais com a perda de parentes e amigos, os acidentes de trânsito geram custos anuais da ordem de R$ 52 bilhões ao país (dados de 2013) e a ocupação de aproximadamente 60% dos leitos hospitalares, em prejuízo de atendimentos para outras causas.

Por esses motivos, a mobilização em prol da queda do número de vítimas do trânsito é mais do que indispensável. “E a conscientização, fundamental, já que a reversão deste quadro não depende necessariamente de ações complexas ou mirabolantes. Respeitar as faixas de pedestres, dirigir em velocidade compatível à segurança, usar os cintos, as cadeirinhas para crianças, estar atento à sinalização e às condições das vias, são atitudes que contribuem para a preservação de vidas”, destaca Ramalho, lembrando que, no trânsito, quem mata não é o carro, o ônibus, a moto ou o caminhão, e sim a pessoa que está conduzindo o veículo.