Mas, afinal, quem pode curtir a Fiat Toro?

As múltiplas facetas da picape devem agradar várias pessoas. Entenda os motivos
Fiat Toro 2016

Fiat Toro 2016 | Imagem: Divulgação

É literalmente uma questão de gênero. Ou da falta dele. Em tempos de diversidade sexual eis que os carros também andam flertando com múltiplas identidades. Sedã que é cupê, cupê que é SUV, SUV que é picape. Opa, como assim?

É isso mesmo. O público anda cansando de veículos com perfil definido. Não basta ser hatch, tem que ter uma pegada aventureira. Não dá para ser apenas utilitário, tem que ser esportivo, familiar, divertido.

Portanto, a nova Toro que a Fiat lança nesta semana tem esses múltiplos significados. A própria marca italiana considera a picape um momento de virada. Conhecida pelos modelos populares, a Fiat quer outro público, mais interessado em tecnologia, qualidade e design.

Prima em primeiro grau do Renegade, da Jeep, a Toro não é apenas uma picape. Está mais para um ‘combo’, um veículo com várias personalidades. Até o nome, uma referência ao animal, acaba confundindo: afinal, é o Toro ou a Toro? A Fiat prefere chamar pelo gênero masculino, mas ela (olha a força do hábito) é uma picape. Nenhum problema, estamos na era da geração Z, que não se preocupa com essa distinção.

Sem sacolejo

A própria marca reconhece que a picape vai atrair gente que tem uma variedade imensa de carros – hatches, sedãs, SUVs, picape maiores e quem mais achar graça em andar nesse misto de picape com jeito de SUV e conforto de sedã.

Ou seja, quem está disposto a desembolsar entre R$ 80 mil a R$ 120 mil por um carro que anda com bastante conforto, tem um espaço razoável, itens de série modernos e conectados, motores eficientes e que ainda traz de quebra uma caçamba capaz de levar uma tonelada de carga. Dá para imaginar algo mais versátil?

Se comparada às picapes médias, a Toro quase não parece menor, mas traz um grande diferencial positivo: você não vai sacolejar ao passar em pisos irregulares nem vai ser preciso ‘escalar’ seu cockpit para chegar ao assento – o mesmo para o piso da caçamba, bem mais acessível.

Para quem são as versões

Toro Freedom 1.8 flex 4x2 automática (6 marchas) – A versão mais em conta da Toro pode responder por boa parte das vendas. Seu preço (R$ 76.500) a torna uma opção para sedãs, hatches e mesmo alguns SUVs que andam bem caros. O motor E.torQ ganhou justamente mais torque, além de estar mais econômico, o que faz a diferença num veículo desse porte.

Toro Opening Edition 1.8 flex 4x2 automática (6 marchas) – a série limitada é a Toro com melhor custo-benefício. Tem um pacote bacana com direito a central UConnect, ar-condicionado dual zone, paddle-shift para troca de marchas no volante, luzes de neblina e rodas de 16 polegadas. Custa R$ 80.800, pouco mais que a Freedom de entrada.

Toro Freedom 2.0 diesel 4x2 manual – A versão é a mais de trabalho, se assim podemos dizer. Como é diesel, o preço já sobeb para R$ 93.900 e talvez seja a Toro que menos venderá. É uma opção um pouco mais acessível para ter um motor bastante econômico, mas o fato é que a Toro não deve ser usada tão cedo como veículo de carga.

Toro Freedom 2.0 diesel 4x4 manual – com a tração 4x4, a Toro fica R$ 8 mil mais cara, mas continua a ter câmbio manual de seis marchas. Assim como sua irmã 4x2, a Freedom diesel deve ter um volume mais baixo de vendas, para quem busca uma picape mais robusta, mas não se preocupa com tanta tecnologia.

Toro Volcano 2.0 diesel 4x4 automática (9 marchas) – A Volcano traz o que de melhor o conjunto pode oferecer. É quase um Renegade picape não fosse por alguns detalhes como a ausência de freio de estacionamento elétrico. O conjunto mecânico é o mesmo, embora a base da Toro seja maior. O visual traz mais detalhes cromados sem no entanto parecer exagerado. Deve agradar quem quer algo mais que um SUV ou uma picape média mais sofisticada. Apostamos que ela dividirá com a Freedom flex a maior parcela de vendas.