Novo Outlander tem estreia mundial no Brasil

Facelift do crossover da Mitsubishi mantém o que era bom e melhora pontos fracos; quantidade de cromados e inédito motor 2.2 a diesel são destaques

O novo Outlander mantém as versões de cinco e sete lugares, opções de tração 4x2 ou 4x4, mas agora oferece também motorização a diesel | Imagem: Mitsubishi

Há cerca de um ano e meio fomos convidados pela divisão brasileira da Mitsubishi para conhecer a nova geração do crossover Outlander, que nos impressionou pelo bom pacote tecnológico e conjunto mecânico, mas não empolgou pelo visual ainda com linhas um tanto monótonas. Recentemente, recebemos outro convite da montadora, desta vez para conferirmos o facelift do crossover, e o melhor, poucos meses após ele ter sido apresentado no Salão de Nova Iorque, nos EUA – surpreendentemente, ele rodará primeiro em nosso mercado do que na terra do Tio Sam.

Receita aprimorada

Já nas lojas do Brasil, a novidade vem com dois novos argumentos a seu favor para convencer o consumidor. O primeiro é o novo visual. Embora haja controvérsias acerca da beleza das soluções encontradas pela Mitsubishi para dar um ar moderno a seu crossover, não podemos negar que agora ele está longe de ser um carro morno. O uso de cromados sem moderação conferiu mais personalidade ao veículo, cuja dianteira ficou agressiva e a traseira bem mais bonita que a do antecessor.

A inspiração para as mudanças veio do Outlander PHEV Concept S, protótipo revelado no ano passado em Paris. Os para-lamas e o para-choque dianteiro foram redesenhados, a grade com desenho futurista está integrada, há novas entradas de ar, luz de iluminação diurna e faróis em LED (com lavador!), tudo acompanhado de muitos cromados, claro. Nem a tampa do porta-malas escapou. Entre tantas superfícies brilhantes, a solução para destacar as rodas de 18” foi utilizar dois tons. Deu certo.

O segundo grande destaque do modelo é a inédita motorização a diesel, que caiu como uma luva a um SUV deste porte. O propulsor faz parte de uma nova gama de motores – com litragem que varia de 1.8 a 2.5 – que aos poucos serão implementados nos veículos da marca. O primeiro a receber a novidade foi o novo Outlander, equipado com um bloco 2.2 litros de quatro cilindros em linha com injeção direta de combustível, turbocompressor e intercooler, capaz de entregar 165 cv. Foi essa a versão que testamos em um trecho de estrada (de Mogi Guaçu até a simpática cidade de Holambra, ambas no interior de São Paulo), no Autódromo VeloCittà e em trechos de terra nos arredores da pista.

No mais, a Mitsubishi manteve as versões de cinco e sete lugares, com opções de tração 4x2 ou 4x4. A de entrada, equipada com motor 2.0 (160 cv) custa R$ 114.990, enquanto a intermediária GT, com motor V6 (240 cv) sai por R$ 141.990 ou quando adicionado o pacote Full Technology chega a R$ 151.990. A versão a diesel está disponível apenas com o pacote de equipamentos top de linha e custa R$ 173.990. Foi para ela que voltamos nossos olhares.

Acertando o ponto

Motores a óleo diesel eram lembrados pela vibração, pelo barulho invadindo a cabine e pelo torque abundante. Tire a parte ruim e deixe a boa, esta tem sido a receita dos carros modernos equipados com o propulsor. Embora a versão ofereça 75 cv a menos que a motorização V6, ele ganha no torque. São 36,7 kgfm que aparecem a meros 1.500 giros contra 31 kgfm da versão a gasolina. Outro ponto que nos chamou atenção foi a ausência de vibração e o silencio dentro da cabine. Com o carro parado ligado ou a 120 km/h na estrada, o ruído interno é mínimo. A marca explica que foi feito um aprimoramento acústico, com 90 itens adicionados e recalibrados, desde a carroceria até a suspensão.

O acerto da suspensão independente nas quatro rodas também agradou. Segundo a Mitsubishi, os amortecedores traseiros estão com um diâmetro maior, garantindo mais estabilidade nas curvas. A direção elétrica é leve e precisa, mas o curso é muito longo, o que nos obriga a girar bem o volante a cada curva, já o diâmetro de giro surpreendeu. O Outlander esterça muito, facilitando qualquer manobra em locais apertados.

O câmbio é automático de seis velocidades e, além do modo sequencial e das aletas atrás do volante, ele possui um sistema inteligente que analisa o modo de dirigir de cada motorista, a fim de tornar as trocas mais suaves. Viva a tecnologia.

Sopa de letrinhas

Felizmente, o pacote tecnológico manteve-se gordo. Na estrada, pudemos testar o piloto automático adaptativo (ACC), que mantém uma distância constante do carro da frente. Caso o veículo freie ou entre outro na frente, por exemplo, o Outlander reduz a velocidade e depois retoma. De fácil operação, este sistema facilmente conquista o coração de qualquer motorista com bons km rodados. Além disso, o Outlander 2016 avisa caso você se distraia e saia da faixa e até freia o veículo ao identificar risco de colisão (quando a menos de 20 km/h). O controle de tração e estabilidade também auxiliam o SUV a manter sua trajetória, mas se você não estiver em seu dia de sorte, lembre-se que a cabine conta com nada menos que nove airbags para proteção dos passageiros.

Os freios utilizam disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira, com sistema antitravamento (ABS), distribuição eletrônica da frenagem (EBD) e sistema de auxílio de frenagem em urgência, que joga carga máxima no freio quando o motorista pisa no pedal bruscamente (BAS). Na terra, este SUV de 4,6 m de comprimento não faz feio graças ao sistema de tração 4x4 com três modos de operação: Eco, Auto e Lock.

Pode não te apetecer, mas satisfaz!

O interior, embora ofereça conforto de carro de luxo, não salta aos olhos. De toque suave, o painel agora recebeu acabamento que imita madeira em tons escuros. O destaque vai para o sistema multimídia Black Glass com uma tela de sete polegadas sensível ao toque, que lembra um tablet. Além de rádio com entrada para CD e DVD, sistema bluetooth, GPS e câmera de ré, o motorista ainda pode acessar dados interessantes do veículo tais como aceleração lateral, inclinação frontal e altitude.

Volante multifuncional com boa pegada (e detalhes cromados!), ar condicionado digital dual zone, sensor de estacionamento e crepuscular são alguns de seus confortos. Com distância entre-eixos de 2,6 m, o espaço interno é bom. Sofre apenas quem vai na terceira fileira, no caso do modelo 5+2. A montagem e desmontagem dos dois assentos é muito fácil, porém adultos se sentem limitados não apenas no espaço para as pernas como para a cabeça também. Crianças, todavia, viajam numa boa.

Além do porta-malas com capacidade para 798 litros, há 15 porta objetos, 10 porta copos e dois pontos de energia. Interior com revestimento em couro bege é novidade, assim como um tom de marrom para a pintura da carroceria.

Para justificar o preço

O Outlander vem importado do Japão e, como todos os produtos que vêm de fora, sofre com a variação cambial. Embora as versões já conhecidas do brasileiro estejam mais caras, a alta pode ser maquiada pelas melhorias pelas quais o SUV passou. Ele está longe de ser o carro-chefe de vendas da marca no Brasil, posição ocupada pela picape L200, mas agora tem mais atributos do que nunca para defender seu posto dentro do line up da marca. Com a nova roupagem, um pacote tecnológico de fazer inveja a alguns modelos da concorrência e a inédita motorização, o novo Outlander é uma nova opção a se considerar no enxuto mercado de modelos a diesel no Brasil. Em sua melhor fase e com o tempero que faltava, ficou difícil recusar.

 

 
 
O novo Outlander mantém as versões de cinco e sete lugares, opções de tração 4x2 ou 4x4, mas agora oferece também motorização a diesel O novo Outlander mantém as versões de cinco e sete lugares, opções de tração 4x2 ou 4x4, mas agora oferece também motorização a diesel
Apresentado ao mundo no Salão de Nova York em abril o novo Outlander é realidade no Brasil antes mesmo de chegar aos EUA Apresentado ao mundo no Salão de Nova York em abril o novo Outlander é realidade no Brasil antes mesmo de chegar aos EUA
São oferecidas quatro versões, que vão de R$ 114.900 a R$ 173.900 São oferecidas quatro versões, que vão de R$ 114.900 a R$ 173.900
No visual, o que mais chama atenção é a dianteira redesenhada que abusa dos cromados No visual, o que mais chama atenção é a dianteira redesenhada que abusa dos cromados
Além das mudanças no design, o destaque é a motorização diesel 2.2 de 165 cv Além das mudanças no design, o destaque é a motorização diesel 2.2 de 165 cv
O veículo tem 4.695 mm de comprimento, 1.810 mm de largura, 1.680 mm de altura, o entre-eixos tem 2.670 mm e a altura livre do solo é de 190mm O veículo tem 4.695 mm de comprimento, 1.810 mm de largura, 1.680 mm de altura, o entre-eixos tem 2.670 mm e a altura livre do solo é de 190mm
O sistema de tração é o Multi Select com Trimode II, com acionamento por botão tipo e três modos de operação: Eco, Auto e Lock O sistema de tração é o Multi Select com Trimode II, com acionamento por botão tipo e três modos de operação: Eco, Auto e Lock
A versão a diesel vem com o mesmo pacote de acabamento do V6 a gasolina top de linha e custa R$ 173.900 A versão a diesel vem com o mesmo pacote de acabamento do V6 a gasolina top de linha e custa R$ 173.900
Na traseira, o novo desenho e o acabamento cromado na tampa do porta-malas  integram as novas lanternas em led Na traseira, o novo desenho e o acabamento cromado na tampa do porta-malas  integram as novas lanternas em led
As novas rodas 18” tem dois tons de cores e o teto solar é de série em todas as versões As novas rodas 18” tem dois tons de cores e o teto solar é de série em todas as versões
A cabine continua pouco arrojada no design, porém com bom acabamento A cabine continua pouco arrojada no design, porém com bom acabamento
Volante multifuncional com boa empunhadura e, claro, cromados Volante multifuncional com boa empunhadura e, claro, cromados
Acabamento Black Wood e sistema multimídia Black Glass com tela sensível ao toque na cabine Acabamento Black Wood e sistema multimídia Black Glass com tela sensível ao toque na cabine
Aletas para trocas de marcha atrás do volante Aletas para trocas de marcha atrás do volante
O crossover tem muita tecnologia embarcada, merecem destaque o piloto automático adaptativo (ACC) e o dispositivo de redução de risco de colisão através do radar (FCM) O crossover tem muita tecnologia embarcada, merecem destaque o piloto automático adaptativo (ACC) e o dispositivo de redução de risco de colisão através do radar (FCM)
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