Phantom Serenity quer ser suave como seda

Rolls-Royce investe em personalização e mostra cabine com temática oriental revestida em seda chinesa pintada à mão, madeira de cerejeira, madrepérola, bambu e couro branco

Rolls-Royce Phantom Serenity, destaque da marca luxuosa em Genebra | Imagem: Divulgação

A luxuosa Rolls-Royce revelou no Salão de Genebra, um exemplar único (e ainda mais excêntrico) do Phantom batizado de Serenity. Se você olhar rapidamente por fora pode achar que ele é um Rolls-Royce como o os outros, mas não é. A montadora britânica explicou que a ideia foi combinar o estilo clássico do mobiliário europeu aos desenhos de quimonos japoneses. A mistura ficou, no mínimo, curiosa.

Começando pela pintura perolizada com nuances em rosa, ela é a mais cara do catálogo e aplicada em um processo de três fases, seguidas por 12 horas de polimento à mão. Segundo o diretor de design Giles Taylor, a inspiração para o interior foram as incríveis cabines dos Rolls-Royce de elite do início dos anos 1900. Para isso, ele não economizou na seda, e justificou que o modelo celebra "o papel histórico da seda como um símbolo do poder régio e imperial". Todo o acabamento interno de teto recebeu seda chinesa com desenhos de flores de cerejeira pintadas à mão, uma a uma.

Mas se trata de qualquer seda. Foram exclusivos 10 metros de seda que saíram da cidade de Suzhou na China, conhecida pelo famoso bordado imperial, transportados diretamente para uma das fábricas mais antigas da Grã-Bretanha, com base em Essex, para revestir o interior do Serenity em um processo que levou dois dias. A madeira utilizada no acabamento da cabine foi a de cerejeira, mas há por todo o interior do carro inserções de madrepérola, bambu e couro branco. No mais, o carro é um Phantom como os demais, equipado com um motor BMW 6.6 V12 de 570 cv de potência acoplado a um câmbio automático de oito marchas.

O que a marca quis mostrar é que não basta ser “apenas” um Rolls-Royce, ele deve ser personalizado. Tal tendência tem se tornado cada vez mais significativa nos negócios da empresa, onde 85% dos carros são encomendados com algum nível de personalização. A montadora não divulgou o preço para se ter na garagem um modelo como o Serenity, talvez para não acabar com o clima de “serenidade” de seu estande no salão.