Smart mhd chega em agosto ao País

Compacto com tecnologia start/stop, hoje chamado de Brazilian Edition, ganha nova "função social"

Smart ForTwo | Imagem: Smart

Ao contrário de sua utilização na Europa, onde o smart fortwo é comprado por realmente quem pensa em economizar combustível e ocupar menos espaço no trânsito, o compacto por aqui tem outro papel: chamar a atenção, mostrando que seu dono é descolado, moderno e nada tradicional. Mas após a chegada da versão mhd (Micro Hybrid Drive), o smart talvez ganhe uma nova “função social” no Brasil, agora sim alinhada à sua filosofia original.

Já vendido sob a alcunha Brazilian Edition, o smart fortwo mhd chega depois que as 300 unidades limitadas da versão verde-amarela se esgotarem, algo que a Mercedes-Benz prevê ocorrer em dois meses. Comercializado atualmente por R$ 49.900, o pequeno francês deve aterrissar por aqui em sua versão original pelo mesmo preço, segundo apurou AUTOO. Além disso, terá itens de personalização.  A principal mudança em relação ao smart fortwo Coupé (R$ 61 200) é o motor: mantém-se o bloco de 1 litro, mas sem o turbocompressor, caindo dos 84 cv para 71 cv. Além disso, o mhd leva o sistema start/stop, que desliga o motor do carro sempre que a velocidade vai abaixo dos 8 km/h – e o motorista esteja com o pé no freio. Os pneus são mais finos, a direção é hidráulica (e não elétrica) e o interior perde o volante de três raios e os mostradores sobre o painel, enquanto a transmissão é a mesma, automatizada, de cinco velocidades. Segundo a Mercedes, esse liga e desliga economiza até 20% de combustível.

Realizamos hoje um brevíssimo test-drive dentro das instalações do Rio Centro (Rio de Janeiro), onde ocorre até amanhã o Challenge Bibendum, evento promovido pela fabricante francesa de pneus Michelin, com o objetivo de discutir soluções para uma mobilidade sustentável. Mesmo breve, o passeio nos mostrou a principal diferença dinâmica do smart mhd. Em velocidades abaixo de 8 km/h e com o pé no freio, o motor simplesmente “morre”, revivendo quando o motorista volta a acelerar. A retomada do fôlego é perceptível, mas imediata. Ao acelerar, o motorista não é divertidamente jogado contra o banco como ocorre no smart sobrealimentado, mas o desempenho é totalmente compatível com a proposta do carro. Vale ressaltar que, apesar de levar a descrição “hybrid” em suas iniciais, o mhd não é híbrido, pois não conta com motor elétrico, somente o movido a gasolina.

Bem mais barato, mas ainda caro, o smart fortwo mhd ao menos não foca somente na ostentação e na imagem “cool” atribuída a seus donos. Aos poucos, vai se concentrando nos reais motivos de sua existência: ser prático e econômico.