Terremoto no Japão já afeta vendas da Honda no Brasil

Marca nipônica começou 2011 na sexta colocação. Hoje aparece apenas em décimo no ranking

Honda Civic 2012 | Imagem: divulgação

A Honda foi a montadora nipônica mais afetada no Brasil pelo terremoto seguido de tsunami em 11 de março deste ano no Japão. Com o ritmo reduzido de importação de componentes oriundos no país oriental, a fábrica da marca em Sumaré (SP) teve de demitir funcionários para readequar a escala de produção, que foi diminuída em 12%. O resultado não poderia ser outro se não a queda nas vendas, que já começa a refletir no ranking de emplacamentos no país.

O resultado do mês de maio evidencia a queda da Honda no mercado brasileiro. Ao comercializar 8.157 veículos a marca apareceu apenas na décima colocação entre as mais vendidas do mês. No período anterior a empresa estava na 6° posição, posto que vinha ocupando desde maio de 2010. Além das quatro grandes fabricantes instaladas no país – Fiat, VW, GM e Ford -, a montadora japonesa também ficou atrás de Renault, Hyundai, Peugeot, Toyota e Citroën. Por pouco a empresa também não ficou atrás da Kia Motors, que importa todos os seus automóveis oferecidos no país. No acumulado de vendas no ano a empresa segue em sexto no ranking com 144 carros de vantagem para a Hyundai.

A falta de peças japonesas na planta em Sumaré também empurrou o lançamento do novo Civic, que era previsto para o segundo semestre deste ano, para o início de 2012, segundo apontou o representante do sindicato de trabalhadores da fábrica em maio. A Honda, no entanto, não confirma a informação nem quando a situação da fábrica será normalizada.

Mitsubishi, Nissan e Toyota, as outras marcas japonesas que também possuem fábricas no Brasil, por outro lado não foram afetadas pelos naturais no Japão. A divisão nacional da Toyota, apesar de também ter sido afetada pelos tremores, contrariando as expectativas viu suas vendas subirem entre janeiro e maio deste ano, saindo da décima colocação para ocupar o oitavo posto. Já as outras montadoras não sofreram nenhuma alteração no ritmo de vendas.