Tesla entrega 500º Roadster

Primeiro carro elétrico da inovada marca acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,9 segundos

Tesla Roadster | Imagem: Tesla

“Por que a Tesla consegue fazer hoje o que as grandes marcas americanas só prometem para o futuro?”. Essa pergunta deve estar na cabeça de muita gente nos Estados Unidos. Fundada no Vale do Silício, região conhecida pela alta tecnologia e inovação na costa oeste do país, a Tesla é uma espécie de Google do mercado automotivo.

Da mesma maneira que a IBM e a Microsoft foram surpreendidas pela agilidade e foco da empresa do mais famoso buscador do mundo, GM, Ford e Chrysler bobearam enquanto uma pequena fábrica californiana criava um esportivo de propulsão 100% elétrica e que consegue acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,9 segundos, marca que muitos carrões a gasolina sofrem para atingir.

E mais: segundo ela, o Roadster, o modelo em questão, é duas vezes mais eficiente que o Prius, da Toyota, o mais conhecido carro híbrido do mundo. Ele teria um custo de apenas US$ 4 para rodar três horas e meia, ou 360 km. Milagre? Ao que parece, não. Bastou um pouco de visão e bom senso.

Agora, a vida da Tesla começa a mudar. A empresa acaba de entregar o 500º exemplar, apenas um ano após começar a produção. Parece pouco, mas é bastante, sobretudo para uma fábrica pequena e quase artesanal. Porém, com a recente compra de 10% das ações pela Daimler, dona da Mercedes-Benz, a empresa deve ver seus planos decolarem.

Com ajuda dos alemães, um sedã esportivo – o belo Model S – está sendo desenvolvido e colocará a Tesla definitivamente no caminho das grandes marcas. E mais: a onda verde que assola a indústria automobilística nos EUA favorece a compra de seus carros, com descontos e preferências de circulação em avenidas restritas de algumas cidades do país.

Enquanto isso, as três grandes, duas das quais em concordata, estão correndo para criar seus primeiros modelos elétricos, mas o espírito não parece ter mudado. Teria faltado humildade delas para com a Tesla, afinal por que a Daimler e não uma das três virou sócia da pequena empresa do Vale do Silício?