Uma volta com o novo Chevrolet Malibu 2016

AUTOO conheceu a mais nova geração do sedã americano, que pode voltar ao Brasil

Novo Chevrolet Malibu: agora mais preparado para encarar rivais | Imagem: Divulgação

Desde os anos 90, um tipo de automóvel deixou de ser o queridinho dos americanos, o sedã nacional. Foi em 1990 que o japonês Accord, da Honda, tomou a liderança da categoria e, tempos depois, outro japonês, o Camry, da Toyota, fez o mesmo até hoje.

Carro americano? Nem pensar. Mesmo a Ford com o ousado Fusion não consegue entrar no pódio da categoria, onde está também o Nissan Altima. Chrysler e Chevrolet, então, estão lá atrás.

A marca mais importante da General Motors, no entanto, quer virar o jogo com o novo Malibu, já linha 2016 nos Estados Unidos e que o AUTOO teve a oportunidade de conhecer de perto. Trata-se da 9ª geração do sedã médio (para os padrões americanos), que chegou antes da hora para substituir a fracassada 8ª geração. Ela durou apenas três anos e provou que nesse segmento não se pode errar. 

Por isso, a Chevrolet decidiu antecipar a nova geração, que chega com linhas bem mais atuais, interior bastante requintado na versão top (agora batizada de Premier), mas com opção para quem não quer nada tão sofisticado – a de entrada traz calotas e apenas um rádio simples em vez da central multimídia.

Motores menores

O novo Malibu já segue a nova diretriz estética da Chevrolet, com faróis mais estreitos e esportivos e um para-choque ousado que nada lembra os modelos anteriors. O perfil é um de um sedã meio cupê, moda nos últimos tempos, mas não se enganem, o Malibu ainda é um carro pacato, mais voltado para um público um tanto conservador – basta compará-lo ao irmão mais novo e ‘jovem’, o Cruze.

Dirigir o novo Malibu é uma experiência voltada ao conforto e ao silêncio a bordo. A tocada é tranquila com o motor 1.5 Ecotec turbo com 162 cv – há um mais forte, 2.0 turbo também. Caso queira desempenho, é preciso ir fundo no acelerador, mas o Chevrolet não nasceu para arroubos esportivos, basta ver que a opção sequencial do câmbio automático continua no topo da alavanca, com trocas acionadas pelo polegar, algo bem distante de qualquer sinal de agilidade.

A versão americana tem ainda um teto solar panorâmico, raridade nessa categoria. E há a segunda geração do MyLink, que chegará ao Brasil a bordo de outros modelos da marca. Ela é a primeira da Chevrolet que se conecta com o CarPlay, da Apple, e o Android Auto, do Google, duas interfaces que transformam a central num smartphone com quase todas as suas funções.

De volta ao Brasil?

O Malibu teve uma carreira curta no país quando a sétima geração foi importada dos Estados Unidos, mas já estava no final da carreira. Além disso, as taxas elevadas de importação tornavam o carro pouco competitivo diante de rivais feitos no México, como o Fusion. A GM chegou a trazer um primeiro lote da oitava geração, mas acabou não lançando o modelo.

Agora, a nova geração, mais global e moderna, pode voltar a ser uma opção para ocupar um segmento onde a GM sempre teve tradição com o Opala e depois o Omega. A marca, no entanto, desconversa devido ao câmbio desfavorável, mas diante de um produto mais bem preparado, a situação pode mudar. Se isso ocorrer de fato, o novo Malibu pode aparecer por aqui no final de 2016. Vale a pena torcer.

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