Volkswagen terá 23 lançamentos em 2011

Quantidade é o dobro de 2010 em mais uma tentativa da montadora alemã alcançar a líder Fiat

Volkswagen Jetta | Imagem: Mauricio Villela

Não dá para negar que a Volkswagen não está se esforçando para retomar a liderança do mercado brasileiro: entre 2006 e 2010, a montadora ampliou a produção em 40%, entre este ano e 2014 investirá R$ 6,2 bilhões no país, acaba de elevar a capacidade de montagem diária da fábrica de São Bernardo de 1.300 para 1.600 unidades por dia e promete globalizar sua linha de produtos a partir de 2011.

Nada disso, no entanto, fez com que a Volks superasse a Fiat, a marca mais vendida do país há anos. Mas Thomas Schmall, o presidente alemão que parece ter inspirado o personagem dos comerciais da empresa que dizia “É carro mesma”, não desiste. Nesta segunda-feira, o executivo anunciou que em 2011 serão lançados 23 modelos, o dobro do que ocorreu este ano.

Claro que nessa conta entram versões e séries especiais, mas a perspectiva é positiva. A marca decidiu padronizar alguns modelos pelo mundo e o efeito disso será a chegada no começo de 2011 do novo Jetta, sedã médio que terá um papel mais significativo no país. Além disso, a Volks precisará resolver o que fazer na faixa entre R$ 50.000 e R$ 65.000, onde a marca hoje oferece os já batidos Polo e Golf. Espera-se que a nova geração do Polo Sedan venha também do México e que o Golf mude após mais de uma década em produção.

Parte desses projetos, no entanto, ficará para 2012. É o caso do Lupo, um compacto mundial sobre a base do conceito up! que no Brasil terá o papel de enfrentar o bem sucedido novo Uno. Enquanto isso, o Gol, carro mais vendido do país há décadas, terá seu primeiro facelift para amenizar a chegada da nova geração do Palio, prevista para o 2º semestre.

Schmall trabalha com duas datas-limite: 2014 e 2018. Na primeira, a meta é vender 1 milhão de veículos no Brasil – este ano, a marca fechará na casa das 700.000 unidades. Na segunda, o objetivo mais ousado da Volkswagen: ser a montadora número 1 no mundo, estratégia na qual nosso mercado é fundamental para os planos da gigante alemã.