Acordo PSA-FCA foi só o começo: fabricantes preparam-se para a época das grandes fusões

Analistas relatam que a movimentação entre as empresas antecipam negociações que se tornarão cada vez mais comuns
Maior e mais sofisticada, a segunda geração do Peugeot 2008 abre espaço para modelo de menor porte

Maior e mais sofisticada, a segunda geração do Peugeot 2008 abre espaço para modelo de menor porte | Imagem: Divulgação

Se a união entre as gigantes globais Fiat Chrysler e Peugeot Citroën agitou o setor automotivo nas últimas semanas, parece consenso entre os analistas do setor que movimentações como a protagonizada pelas duas empresas se tornarão cada vez mais comum daqui para a frente.

“O acordo entre FCA e PSA mostra a importância dos ganhos em escala e investimentos compartilhados em tecnologias avançadas mais caras, como a eletrificação e condução autônoma, na medida em que a indústria automotiva vai se transformar consideravelmente nos próximos anos”, explica David Leggett, editor para o setor automotivo da GlobalData, empresa especializada em informações e analises corporativas.

Antevendo essa tendência há um bom tempo, antes de sua morte o principal executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, não escondia o desejo de aliar a empresa a outro grande conglomerado global. Após uma tentativa sem sucesso com o Grupo Renault, a FCA conseguiu estabelecer seu acordo com a Peugeot Citroën.

“Economias de escala são os fatores-chave. Cerca de dois terços do volume de produção da empresa resultante da fusão entre FCA e PSA será concentrado em duas plataformas de veículos, com cerca de três milhões de carros/ano produzidos sobre as plataformas compacta e compacta/média daquele que será o quarto maior grupo automotivo do mundo”, destaca o analista da GlobalData.

Outro ponto destacado por Leggett e que foi amplamento comentado pela Fiat Chrysler e a Peugeot Citroën como um dos motivos para a união das duas companhias, diz respeito à cobertura geográfica maior que será proporcionada às suas marcas. “Outro movimento motivado por tendências industriais mais amplas foi a possibilidade de maior economia nos processos produtivos e administrativos, além de um complemento na presença geográfica e nas linhas de produtos”, explica.

“A análise da GlobalData revela que veremos mais colaborações estratégicas na indústria automotiva ao longo de 2020 na medida em que as condições de competitividade se intensificam e cresce a pressão sobre as companhias para que elas realizem ações que tanto diminuam custos como as posicionem para as mudanças transformacionais tanto na mobilidade como na própria estrutura da indústria automotiva”, finaliza Leggett.

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