Ainda preso, Ghosn se diz vítima de ''golpe''

Executivo alega que suas operações financeiras foram aprovadas pelas fabricantes
Nascido no Brasil, Carlos Ghosn ocupava o cargo de chairman e CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi

Nascido no Brasil, Carlos Ghosn ocupava o cargo de chairman e CEO da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi | Imagem: Divulgação

Em uma rara oportunidade de falar com a mídia, o até então célebre executivo Carlos Ghosn conseguiu algum espaço para se defender publicamente as alegações que o mantém preso no Japão.

Em entrevista ao jornal Nikkei, Ghosn de declarou vítima de um “plano e traição” por parte de executivos da Nissan que não gostaram da estratégia anunciada por Ghosn de aprofundar as relações entre as marcas japonesas Nissan e Mitsubishi com a Renault.

Para Ghosn, essas pessoas “distorceram a realidade” apenas para “se livrar” do principal executivo da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

De acordo com Ghosn, o plano de integrar as três marcas foi discutido com Hiroto Saikawa, CEO da Nissan, em setembro de 2018. As três fabricantes, contudo, ainda manteriam certa autonomia dentro de uma holding que abrigaria as três marcas.

Pesa contra Ghosn alegações da Nissan e da Mitsubishi de que ele recebeu inapropriadamente cerca de 8 milhões de euros por meio de uma empresa sediada na Holanda, alegações as quais Ghosn caracteriza como uma “distorção da realidade”.

Tanto alguns imóveis de luxo adquiridos por Ghosn no Rio de Janeiro como em Beirute, segundo o ex-executivo, contaram com operações aprovadas pelo departamento legal das fabricantes. A Nissan, por sua vez, alega que não sabia que havia sido responsável pelo pagamento de parte das propriedades de Ghosn.

Depois da Nissan afastar Ghosn de seu cargo como presidente da empresa, o ex-executivo optou por se afastar de seus cargos de CEO e presidente da Renault recentemente.

Atualmente a Renault conta com 43% das ações da Nissan e conta com poder de voto na companhia. A Nissan, por sua vez, possui 15% das ações da Renault, mas não tem direito a voto na empresa francesa.

Após a prisão de Ghosn, uma possibilidade de integração maior entre as empresas parece cada vez mais afastada. Recentemente o atual CEO da Nissan declarou que “agora não é momento de de revisar o complexo laço financeiro que une as companhias”.  

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