Anfavea projeta ''lenta retomada do mercado'' até 2025

Segundo a associação dos fabricantes, país levará cerca de seis anos para retomar números de venda de 2019
Linha de produção da VW em Taubaté (SP)

Linha de produção da VW em Taubaté (SP) | Imagem: Divulgação

Enquanto todos apostavam em bons números para o setor automotivo nacional em 2020, engrenando uma aguardada recuperação para as empresas instaladas no país, a pandemia do novo coronavírus chegou para mudar completamente o cenário.

Em seu balanço relativo ao primeiro semestre deste ano, a Anfavea aponta para uma queda na produção de 50,5% em relação aos seis primeiros meses de 2019.

Com fortíssimo impacto da pandemia de Covid-19 nos últimos três meses, a produção acumulada de 729,5 mil veículos representou uma queda de 50,5% na comparação com o primeiro semestre de 2019. Em junho, a produção de 98,7 mil unidades foi 129,1% superior à de maio, mas 57,7% inferior à de junho do ano passado. Com esses dados e com base nas expectativas econômicas do país para o segundo semestre, a associação projeta produção de 1.630 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em 2020, volume 45% inferior ao de 2019”, detalha a Associação em comunicado para a imprensa.

"A situação geral da indústria automotiva nacional é de uma crise maior que as enfrentadas nos anos 80, 90 e essa mais recente de 2015/16. Ela veio num momento em que as empresas projetavam um crescimento anual de quase 10%. Um recuo dessa magnitude no ano terá impactos duradouros, infelizmente. Nossa expectativa é que apenas em 2025 o setor retorne aos níveis de 2019, ou seja, com atraso de seis anos", avaliou Luiz Carlos Moraes, atual presidente da Anfavea.

Ainda de acordo com a entidade, a perspectiva de produção para este ano é lastreada em um mercado interno projetado de 1.675 milhão de unidades vendidas no ano (queda de 40%) e uma exportação de 200 mil unidades (queda de 53%), além de levar em conta a variação de estoques e as importações de veículos.

Segundo a Anfavea, o setor de caminhões também foi fortemente afetado pela pandemia, embora as quedas não tenham sido tão drásticas quanto as dos veículos leves. A produção no semestre (34,8 mil) foi 37,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Os licenciamentos (37,9 mil) recuaram 19,1%, enquanto as exportações (4,8 mil) encolheram 19,2%.

Parte do alívio nas vendas de caminhões, detalha a Associação, deve ser creditada aos bons resultados da safra agrícola, que também ajudou o setor de máquinas a não sofrer tanto com os efeitos da pandemia. A produção acumulada no semestre (19,1 mil) foi 22,6% inferior à dos seis primeiros meses de 2019. Já as vendas de 19,6 mil máquinas caíram apenas 1,3% no primeiro semestre, enquanto as exportações (4,2 mil) tiveram retração de 31%. 

Hyundai HB20 2019
Linha de montagem da Hyundai no interior de SP
Imagem: Divulgação
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