Apesar de investigação, chefe da PSA diz que fusão com FCA não atrasará
Após rumores de investigação por parte da União Europeia, fusão dos dois conglomerados automotivos segue nos planos
Nas últimas semanas, rumores surgiram na Europa dando conta de que um comitê da União Europeia investigaria mais a fundo a fusão dos grupos Peugeot-Citroën (PSA) e Fiat-Chrysler (FCA) para evitar a formação de um monopólio. Com essa expectativa, a mídia do Velho Continente dava como certo um atraso nos planos das duas empresas para completar o acordo.
Em entrevista ao Automotive News Europe, Carlos Tavares, chefe executivo da PSA, afirmou que a fusão de sua empresa com a FCA seguirá em frente conforme o planejado previamente. “A fusão é a melhor entre nossas opções para lidar com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus”, afirmou o executivo. Segundo o executivo, o acordo entre PSA e FCA é mais vital do que nunca.
Para Tavares, o cronograma de fusão entre os dois grandes grupos automotivos está seguindo rigorosamente o cronograma proposto. O chefão da PSA também diminuiu o alarde feito a partir do anúncio de investigações anti-monopólio por parte da União Europeia e confirmou que o acordo entre as empresas estará pronto “no máximo” até o primeiro trimestre de 2021.
Na última semana, o comitê antitruste da União Europeia deu início a uma investigação de quatro meses sobre os negócios de ambas as companhias, averiguando possíveis impactos negativos da fusão para o segmento de vans comerciais pequenas nos 14 países membros do bloco e no Reino Unido. PSA e FCA poderiam ter feito um acordo prévio com as autoridades europeias e evitado a investigação prolongada, mas optaram por não o fazer.