Cenas do Salão de Xangai 2015

Reunimos em uma supergaleria cenas interessantes dos corredores do gigantesco e complexo salão do automóvel chinês. Confira:

A modelo é original da China, assim como o Evoque Chingling X7 a seu lado, cópia feita pela marca chinesa Land Wind | Imagem: Karina Simões

O Salão de Xangai é o maior salão de automóveis da China e, como mercado chinês em si, ele é gigantesco e complexo. Embora não tenhamos encontrado um dado oficial, seja em área de exposição ou na quantidade de modelos expostos, a impressão é que o evento chinês seja maior até que o Salão de Frankfurt, na Alemanha, conhecido sobretudo por sua importância, porém, sempre lembrado pela quantidade de pavilhões – os quais necessitamos muitas vezes utilizar um carro (os chamados shuttles) para nos locomovermos entre um e outro.

Todavia, a 16a edição do Salão de Xangai, que aconteceu entre 20 e 29 de abril no Centro Nacional de Exposições de Xangai, acumula curiosidades. Começando pelos pavilhões em forma de flor, que se interligam por um vão central e possibilitam aos visitantes caminharem menos até o local de exposição desejado. O lugarl é tão grande que assusta. São 350 mil m2 de área de exposição – o equivalente a 100 campos de futebol -, 1.325 veículos expostos e 109 lançamentos.

We don’t speak english

A máxima de que falando o idioma inglês é possível “se virar” em qualquer parte do mundo não funcionou tão bem na prática no Salão de Xangai. Mesmo em um evento deste porte, tivemos dificuldade em encontrar pessoas nos estandes das montadoras que falavam inglês. Sem contar que, a esmagadora maioria do material de imprensa oferecido pelas marcas é em mandarim.

Carros sim, mulheres não

Para este ano, as esperadas modelos em trajes sensuais posando ao lado dos carros foram abolidas. Segundo os organizadores, o motivo foi o “aumento da vulgaridade na China”. Como pudemos conferir pelos corredores do evento, desde que adequadamente vestidas, as modelos puderam trabalhar no salão. Sempre aos pares, as moças vestidas com roupas comportadas, como recepcionistas, recebiam os visitantes em quase todas as montadoras. No entanto, algumas marcas encontraram brechas para atrair mais público para seus estandes. A Hyundai, por exemplo, realizou apresentações de dança com modelos um tanto "saidinhas", já a Fiat aumentou o pano dos vestidos na parte de cima e reduziu embaixo. Mesmo assim, nada vulgar, tudo dentro dos conformes e bem diferente das modelos semi-nuas que disputavam a atenção com os carros nas recentes mostras de automóveis no país asiático.

Crianças, só acima de 12 anos

Outra nova norma que o evento chinês adotou foi barrar o acesso a crianças menores de 12 anos por conta da segurança. A medida pode estar relacionada com um incidente ocorrido recentemente no Salão de Pequim, onde um menino de cinco anos ligou um elétrico Tesla e andou com o carro por cinco metros, atropelando um carrinho de bebê. Felizmente, ninguém se feriu.