Chery tem estreia modesta no Brasil
Estratégia ousada da marca chinesa ficou só no papel
Diante de outras experiências chinesas no Brasil, a Chery parecia, de longe, a mais promissora. Mas o primeiro mês de vendas no país mostrou que o caminho da montadora será longo e difícil.
Durante o lançamento do Tiggo, o primeiro modelo vendido no Brasil, as promessas foram ousadas: 600 unidades emplacadas em 2009 e 10 mil em 2010, quatro veículos até o final do ano e motores flex para o ano que vem.
A realidade até agora ficou bem distante desse quadro. O Tiggo vendeu apenas 25 unidades em setembro – este mês já foram 31 carros, resultado um pouco melhor, mas aquém da meta traçada. Para piorar, a chegada dos modelos Face, QQ e “A3” atrasou. Agora a melhor hipótese de lançamento é para dezembro.
Segundo um especialista ouvido pelo site, um dos problemas que a nova marca enfrenta seria o modelo de negócio fechado com os chineses. Em vez de encomendar os veículos direto com a Chery, a filial brasileira é obrigada a fazer pedidos para a Socma, uma empresa argentina que é proprietária da fábrica que monta o Tiggo em CKD no Uruguai.
De bem-sucedida até agora, apenas a campanha para escolha do nome do modelo “A3”, hatch e sedã médio que deve ser fabricado no Brasil no futuro. Aberta aos internautas, a promoção já conta com milhares de sugestões e termina nesta semana.
Procurada pelo site, a assessoria da Chery informou que o presidente da empresa esteve entre Montevidéu e Brasília nos últimos dias e não pôde responder nossas perguntas.