Coronavírus ainda não afeta vendas de carros no Brasil

Em parcial de março, emplacamentos dos principais veículos demonstram um movimento até superior aos primeiros meses de 2020
Hyundai HB20 2020

Hyundai HB20 2020 | Imagem: Divulgação

A despeito da crescente preocupação com o avanço da pandemia de coronavírus, o mercado automobilístico ainda não demonstrava reflexos da esperada desaceleração econômica no Brasil. Na primeira quinzena de março, os emplacamentos seguem em um nível elevado tanto em relação aos resultados de janeiro e fevereiro como sobretudo se comparados ao mesmo período de 2019.

O líder Onix, por exemplo, já acumulava mas de 8 mil unidades vendidas nas duas primeiras semanas de março, quase metade das suas vendas mensais neste ano e bem acima do volume da primeira quinzena de março de 2019 quando haviam sido vendidos 5,6 mil unidades.

A situação não é muito diferente com o Ka, que já ultrapassou os 4,4 mil carros emplacados, uma marca bem superior aos 3,5 mil veículos do mesmo período do ano passado. Até o HB20, que após mudar sua geração vive ainda em busca do espaço perdido, praticamente repetiu o mesmo resultado de 2018, com 4,5 mil unidades emplacadas.

Os SUVs continuam a mostrar um vigor impressionante e neste mês não é diferente. O modelo mais vendido do país, o Jeep Renegade, já soma 3,2 mil unidades emplacadas, bem acima do ritmo do começo do ano e mil exemplares a mais que em 2019. Já o estreante T-Cross, com quase 3,1 mil carros, já se aproxima da marca de janeiro quando vendeu 3.338 unidades.

Já há até quem esteja perto da melhor marca do ano, caso do Tracker, que por conta da mudança de geração teve seus emplacamentos acelerados – até semana passada foram 1.240 carros registrados.

Jeep Renegade 2019
Jeep Renegade 2019
Imagem: Divulgação

Ameaça à produção?

O bom desempenho das vendas na primeira quinzena, que costuma ser mais fraca que a segunda, pode ser o prenúncio de um período de redução nos emplacamentos. Caso o surto da doença se espalhe como tem ocorrido em outros países certamente afetará a economia e a circulação das pessoas. Ou seja, menos gente na rua à procura de novos veículos.

Mais preocupante do que isso é a ameaça do Covid-19 de afetar a produção de veículos, como tem ocorrido em outros mercados como a Itália, onde as fábricas tiverem de suspender o trabalho em suas linhas de montagem.

A indústria já tem sido atingida pela escalada do dólar e também por problemas com fornecedores chineses, que acabaram parando sua produção durante o começo do ano, quando a doença avançava rapidamente no país. Espera-se que agora não seja a vez do Brasil.

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