Crise dos chips pode causar perda superior a R$ 1 trilhão

Consultoria refaz cálculos das perdas da indústria e diz que 7,7 milhões de carros podem não ser produzidos
Detalhe da fábrica da Jaguar Land Rover em Itatiaia (RJ)

Detalhe da fábrica da Jaguar Land Rover em Itatiaia (RJ) | Imagem: Divulgação

A consultoria AlixPartners atualizou sua previsão de prejuízos causados pela crise dos semicondutores. Em maio, a empresa estimou que as perdas seriam de US$ 110 bilhões, cerca de R$ 590 bilhões na cotação atual. O problema é que agora a consultoria acredita que este rombo será ainda maior, chegando aos US$ 210 bilhões, o que daria R$ 1,1 trilhão, aproximadamente.

Esse aumento no prejuízo estimado leva em consideração que a produção mundial de veículos deve ser ainda mais impactada do que o imaginado anteriormente. Se antes a AlixPartners imaginava que 3,9 milhões de carros deixariam de ser fabricados, agora a empresa acredita que serão 7,7 milhões

Representante da AlixPartners, Mark Wakefield explica que novas complicações na situação dos semicondutores surgiram nos últimos meses. “Todos esperavam que a crise de chips tivesse diminuído, mas eventos infelizes, como os bloqueios da covid-19 na Malásia e problemas contínuos em outros lugares, agravaram a situação”, disse.

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Detalhe da fábrica da CAOA Chery em Jacareí (SP)
Imagem: Divulgação

Outros problemas

Além da falta dos semicondutores, a indústria automotiva tem convivido com outros problemas. Os estoques dos amortecedores, por exemplo, estão baixos e alguns mercados podem ser impactados em breve, de acordo com o diretor administrativo da Alix Partners, Dan Hearsch. “Praticamente qualquer escassez ou interrupção da produção afeta empresas em todo o mundo, independentemente do mercado. O problema é que agora todos os impactos têm sido amplificados por conta da falta de outras peças”, declarou Hearsch.

Havia uma certa expectativa de que a crise da falta de peças fosse resolvida até 2022, mas talvez o problema persista por mais tempo, já que alguns executivos de marcas acreditam que isso pode se estender até 2023. Portanto, resta saber quais se a indústria vai encontrar alguma alternativa para não ter mais sua produção afetada em todo o mundo.    

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