Dicas para dar partida em dias frios
Nos veículos flex, o biocombustível em baixas temperaturas pode gerar dificuldades na partida
O inverno vai chegar no dia 23 de junho e só nos deixará em 23 de setembro. E nessa época de frio muitos carros apresentam problemas de partida por conta da baixa temperatura do combustível e porque, muitas vezes, os motoristas esquecem de abastecer o tanquinho de gasolina para dias frios.
O etanol é a opção de muitos motoristas, muito em função do preço menor. Além de cuidar do tanquinho, é necessário manter o veículo em bom estado de conservação. Para que o sistema auxiliar de partida funcione adequadamente, é preciso que o sistema de ignição esteja em ordem (velas, cabos e bobinas de ignição). “Velas de ignição desgastadas, por exemplo, também podem dificultar a partida. Por isso, é importante que os motoristas façam a checagem dos componentes periodicamente”, explica Hiromori Mori, consultor de assistência técnica da NGK.
Os sistemas auxiliares de partida, em alguns veículos, mais modernos, têm a função de aquecer o combustível quando a temperatura do motor é inferior a 14ºC (essa temperatura pode variar conforme estratégia do sistema), isto ocorre sempre que o veículo estiver abastecido com etanol. Esse sistema, em conjunto com o sistema de carga e partida, necessita de grande potência para funcionar, e forçar seu uso com as velas desgastadas pode causar problemas e falhas. O mesmo ocorre nos carros que possuem reservatório para gasolina, também chamado de “tanquinho”.
“Em modelos com o tanque auxiliar, é importante fazer uma revisão do reservatório (limpeza e checagem das tubulações) e a substituição da gasolina com a chegada das temperaturas mais baixas, para garantir o bom funcionamento do sistema. A gasolina também possui prazo de validade e pode perder suas propriedades com o tempo”, explica Hiromori Mori.
Para evitar problemas na partida em dias frios, além de manter o tanque extra abastecido, recomenda-se a inspeção das velas de ignição conforme orientação do manual do veículo, a cada 10 mil quilômetros ou anualmente. Também é muito importante checar as condições das bobinas e dos cabos de ignição – responsáveis por transformar e conduzir a alta tensão até as velas – sempre que o sistema passar por revisão.