Entre os carros mais caros, japoneses são os que menos perdem valor

Os brasileiros, que têm enfrentado enorme crise financeira nos últimos anos, estão cada vez mais atentos com o rombo de suas contas e acabam prestando atenção na hora de comprar veículos, para perder menos dinheiro com a desvalorização natural de um automóvel. Quando o valor do carro é alto, a preocupação é ainda maior. Por isso a KBB Brasil reuniu os veículos que custam de R$ 90.000 a R$ 150.000 e apontou os que mais e menos depreciam após o primeiro ano de uso.

Para esta análise, a KBB considerou os valores de mercado das versões 0 km comercializadas em abril de 2018, comparados com os preços encontrados no mercado brasileiro atualmente. Como resultado, pode-se perceber que as picapes e os sedãs são maioria nos rankings.

A diferença entre desvalorização e depreciação

Quando o assunto é preço de carros, explica a KBB Brasil, há duas metodologias para calcular a perda de valor: desvalorização e depreciação. Desvalorização é a comparação do preço atual de um veículo 0 Km com os valores aplicados pelo mercado à mesma versão fabricada em anos anteriores. Já a Depreciação usa o valor do veículo em um período determinado em relação a seu atual valor residual, sempre considerando o mesmo ano/modelo e sem o mesmo rigor de sua definição contábil, que tem regras muito estritas. No levantamento realizado pela empresa, foi aplicado o conceito de depreciação.

Dentre os carros menos desvalorizados destaca-se a picape Volkswagen Amarok na versão 2P cabine simples S 2.0 TDI Mecânico, que registrou valorização de 1,74%. Ou seja, há 12 meses seu preço 0 km era de R$ 110.000 e hoje é de R$ 111.909, mesmo com um ano de uso. Esse comportamento fora do padrão, em que o preço de um carro usado hoje é maior que o de um 0 km há um ano atrás, pode ocorrer por diversos fatores, como, por exemplo, o valor da versão de um determinado veículo ter sofrido forte alta, o que consequentemente é refletido no valor do veículo usado, deixando-o mais caro do que o 0 km vendido um ano antes.

Outro fator interessante do levantamento foi o fato de a maioria das montadoras japonesas ostentarem os automóveis com menor depreciação no período. O segundo carro que menos perdeu valor foi a Mitsubishi L200 Triton GL 4x4, com queda de apenas 2,05%. Suzuki, Toyota e Honda acompanham a montadora da L200. 

Por outro lado, nomes conhecidos e que deixaram de ser produzidos nesse período foram os campeões de depreciação. O Ford Focus Fastback na versão Titanium perdeu mais de ¼ do valor (-25,63%) ao longo de um ano de uso e muito disso se deve ao fato de que o término da produção na Argentina era algo noticiado há um bom tempo. Após o Focus, figuram na lista dos mais desvalorizados o Volvo V40 T4 (-24,94%), a Fiat Toro Freedom 1.8 flex (-23,80%), Chevrolet S10 cabine simples 2.8 turbodiesel mecânica (-22,66%), Fiat Toro Volcano 2.0 turbodiesel (-22,61%), Citroën C4 Lounge Exclusive (-21,79%), Ford Focus hatch Titanium Plus (-21,78%), Fiat Toro Freedom 2.0 turbodiesel (-20,74%) e o Citroën C4 Lounge Tendance (-20,45%). 

Confira abaixo os rankings com os menos e mais depreciados:

Veículos que menos perderam valor