EUA registram recorde de vendas em 2015

Amparado pelos bons números registrados em dezembro, país supera o volume obtido em 2000

O grupo Hyundai Kia registrou recorde de vendas nos EUA em 2015 | Imagem: Divulgação

Apesar da forte retração no mercado de automóveis brasileiro e a desaceleração da economia chinesa, os fabricantes só tem o que comemorar nos EUA. Segundo os dados da agência Automotive News Data Center, o país registrou um novo recorde na comercialização de automóveis e comerciais leves, emplacando um total de 17.470.659 unidades, número que superou os 17.402.486 veículos que ganharam as ruas na terra do Tio Sam no ano 2000.

Ainda de acordo com as informações da agência norte-americana, a evolução nas vendas do ano passado em comparação com 2014 foi de 5,7%. Segundo analistas, a redução no preço da gasolina, a melhora no quadro de empregos, o crescimento da oferta de leasing, a maior oferta de crédito e o consequente crescimento na demanda por automóveis foram os principais motivos que resultaram em um “ano de destaque para a indústria automobilística nos EUA”, classificou Bill Fay, vice-presidente e gerente geral da Toyota nos EUA.

Vale destacar que o leasing é uma das modalidades de compra preferidas dos norte-americanos, sendo resposável por 29% das vendas de carros novos nos EUA.

As picapes, SUVs e crossovers continuam mandando no mercado norte-americano, com uma alta de 13% nas vendas em 2015 em relação a 2014. A procura por carros de passeio, contudo, apresentou queda de 2,3% sobre o mesmo período.

Entre as marcas, a Jeep mostra um elevado crescimento em seu mercado local, registrando 69 meses consecutivos de ganho nas vendas. Só na comparação anual, os emplacamentos aumentaram em 42%. Já a Hyundai e a Kia também obtiveram em 2015 seus melhores resultados em todos os anos de atuação nos EUA, colocando em conjunto nas ruas 1.387.528 automóveis.

Por fim, a Land Rover, Subaru e Porsche também foram as líderes em crescimento nos EUA em 2015. Com isso, os EUA se liberam de vez do fantasma dos anos de 2008 e 2009 quando as vendas regrediram para um patamar de 30 anos atrás, atingindo cerca de 10 milhões de unidades. Na mesma época, as gigantes General Motors e o grupo Chrysler também entraram com pedidos de concordata, marcando uma das fases mais tensas para a poderosa indústria automotiva norte-americana.