Nova estratégia: Ford separa operações de carros elétricos e térmicos

Plano tem como meta trazer ganhos de escala e impulsionar melhorias operacionais
Ford Mustang 2021

Ford Mustang 2021 | Imagem: Divulgação

A Ford revelou nesta quarta-feira (2) uma importante revisão em sua estratégia corporativa, inaugurando o plano chamado de “Ford+”. 

A partir de agora, a gigante norte-americana vai separar suas unidades de veículos elétricos e térmicos para buscar melhores formas de competir com os novos concorrentes no segmento de automóveis com propulsão limpa, sem deixar de lado a reputação centenária que a empresa conquistou no segmento de veículos a combustão. 

Com a decisão, a nova divisão “Ford Blue” será responsável pelos atuais e futuros modelos térmicos da companhia, englobando, hoje, as gamas Ranger, Bronco, entre outras. 

Já a divisão “Ford Model e” cuidará tanto dos produtos elétricos da marca, bem as soluções de veículos conectados e serviços embarcados, além de “construir o futuro da Ford como um centro de inovação e crescimento”, detalha a fabricante em comunicado. 

Ford Blue e Ford Model e irão operar como negócios distintos, mas compartilharão tecnologia relevante e melhores práticas para alavancar escala e impulsionar melhorias operacionais”, explica a companhia. 

O plano Ford+ ainda apresenta como metas da empresa alcançar uma produção anual de veículos 100% elétricos de mais de 2 milhões de unidades por volta de 2026, sendo que os modelos com este tipo de propulsão deverão responder por metade das vendas da companhia em 2030. 

Ford Mustang Mach-E GT Performance Edition
Acima o Ford Mustang Mach-E, esportivo puramente elétrico da marca
Imagem: Divulgação

Por outro lado, a fabricante reiterou que continuará investindo em modelos térmicos por meio da Ford Blue. A nova divisão, nas palavras da marca, deverá “ajudar os clientes a cumprir suas paixões e a vida diária com experiências personalizadas de marca e veículo, desde um desempenho superior no off-road, bem como outras situações em que os recursos de um modelo a combustão ainda são necessários”. 

Na visão da Ford, os consumidores poderão mesclar a posse de um automóvel elétrico para o uso diário com um veículo térmico para suas atividades de lazer no fim de semana, em que é necessário percorrer longas distâncias, transportar objetos de maior volume ou ainda trafegar por vias não pavimentadas, três cenários em que uma Ranger térmica pode ser uma opção mais adequada, por exemplo.  

Por volta de 2026, a Ford espera alcançar uma margem de lucro operacional na casa de 10% apostando, em grande parte, na redução dos custos de produção dos carros elétricos, bem como no “declínio significativo” da estrutura de custos dos carros a combustão.  

Só neste ano, a Ford planeja investir aproximadamente US$ 5 bilhões no desenvolvimento de veículos elétricos, duas vezes mais do que foi gasto no ano anterior. 

Por fim, a companhia reiterou seu compromisso de atingir a neutralidade de carbono até 2050, sendo que, por volta de 2035, já espera utilizar apenas energia renovável em suas operações de manufatura. 

Confira, no vídeo abaixo, mais detalhes sobre o plano da Ford revelado nesta quarta-feira: 

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