França investiga Renault e Stellantis por eventual fraude em emissões

Decisão da Corte de Paris é um dos reflexos do ''dieselgate'' protagonizado pela VW
Acima o Renault Mégane 2009: modelo que pode figurar nas investigações das autoridades francesas

Acima o Renault Mégane 2009: modelo que pode figurar nas investigações das autoridades francesas | Imagem: Divulgação

O governo francês segue de olho na indústria automotiva e tomou medidas duras contra a Renault e algumas marcas da Stellantis. A decisão é um reflexo das investigações iniciadas há cerca de seis anos por conta do “dieselgate”, como foi apelidado o escândalo de fraude nos carros da Volkswagen, que contavam com um software malicioso para burlar testes de emissões e emitir muito mais gases tóxicos do que o permitido.

No começo da semana, a Renault foi forçada a pagar uma fiança de 20 milhões de euros e apresentar garantias financeiras da ordem de 60 milhões de euros para cobrir possíveis danos potenciais, multas e compensações por perdas que eventualmente poderão ser definidas pelas autoridades francesas dependendo do resultado final das investigações.

De acordo com o sistema judiciário francês, os magistrados podem acusar empresas ou indivíduos quando constatados indícios “sérios e consistentes” de provável envolvimento em algum ato ilegal.

Em comunicado, a Renault declara que não realizou qualquer irregularidade em seus carros. A empresa afirmou que seus veículos não estão equipados com softwares maliciosos para manipular testes de emissões, reiterando que sempre cumpriu com as regulamentações francesas e europeias. 

Segundo as autoridades, são investigados os motores presentes em veículos comercializados entre 2009 e 2011 e 2013 e 2017, contudo o objeto da ação não se tornou público. 

Outras marcas na mira das autoridades 

A Peugeot, por sua vez, também foi colocada sob análise pela Corte Judicial de Paris em uma iniciativa semelhante a da Renault.

Segundo comunicado por parte da Peugeot revelado na última quarta-feira, a alegação é de “fraude aos consumidores relacionada com a venda de veículos diesel dentro do padrão de emissões Euro 5 comercializados na França entre 2009 e 2015”.

Agora uma marca que integra a Stellantis, a Peugeot foi forçada a pagar uma garantia (fiança) de 10 milhões de euros, que será usada para cobrir custos de eventuais multas e a representação da empresa na Corte, e oferecer mais 30 milhões de euros em garantias bancárias. 

Ainda sobre a Stellantis, a Corte Judicial de Paris também determinou o comparecimento de representantes da Citroën e da Fiat (FCA Italy) para demais esclarecimentos dentro da mesma investigação.

Essa etapa formal da investigação judicial permitirá que as partes investigadas tenham pleno acesso ao processo e lhes dará a oportunidade de se defenderem de alegações que ainda não foram avaliadas em processos contraditórios. As empresas acreditam firmemente que seus sistemas de controle de emissões atenderam a todos os requisitos aplicáveis nos momentos relevantes e continuam a fazê-lo e aguardam a oportunidade de demonstrar isso”, completa o comunicado da Stellantis.

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