General Motors entra em concordata

Anúncio será feito pelo presidente Barack Obama cujo governo passará a ser o sócio majoritário da montadora

Sede da GM: concordata iminente | Imagem: GM

Nesta segunda-feira, dia 1º de julho, a General Motors, que já foi a maior montadora do mundo e uma das maiores indústrias dos Estados Unidos, entrará em concordata. O presidente Barack Obama fará o anúncio às 11h55 de Washington e 20 minutos depois o presidente da GM confirmará o plano.

O pedido será protocolado em Nova York antes da abertura do mercado de ações – na sexta-feira, a montadora viu suas ações no nível mais baixo em muitas décadas, custando menos de um dólar.

Obama disse que a GM não sairá de Detroit e a empresa espera deixar a situação em até 90 dias. Nada menos que 14 fábricas serão fechadas ou desativadas e cerca de 20 000 funcionários perderão seus empregos. O governo americano será dono de 60% da GM, graças aos pacotes de ajuda, o último deles que sairá em seguida ao anúncio desta segunda e que envolverá 30 bilhões de dólares.

O executivo Al Koch, experiente na condução de empresas em recuperação judicial, foi apontado pela GM como o responsável por conduzir a reestruturação da empresa – ainda assim, Fritz Henderson continuará como CEO até a saída da concordata.

Esta semana também marcará o anúncio da venda ou do fechamento da Hummer, a marca de gigantes utilitários esportivos que simboliza como nenhuma outra os equívocos que a GM cometeu nos últimos anos.

É um desfecho triste para uma empresa que acaba de completar 100 anos e cujo slogan de comemoração era o otimista “GM Next”, algo como “os próximos 100 anos da GM”. No fim, o novo século para a montadora será marcado pela concordata, pelo encolhimento brutal de sua operação e pela ameaça de falência.