Mesmo em queda, importadoras não desistem do Brasil

Instabilidade nas vendas e alta do IPI geraram baixa de 40,6% nas vendas de importados

Audi Q3 | Imagem: Divulgação

A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) divulgou nesta quinta-feira (09) os números referentes ao primeiro mês de 2012. Com uma queda de 40,6% em relação às vendas de dezembro de 2011, o mercado de veículos importados continua sentindo a pressão da novela do aumento do IPI.

Em janeiro de 2012 foram emplacadas 11.367 unidades, sendo que no último mês do ano passado o número foi de 19.151. Com a queda nas vendas, a Abeiva informou que a participação das associadas diminuiu de 5,82% (dezembro de 2011) para atuais 4,5%.

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Para comprovar os problemas da nova medida do governo com relação ao IPI dos veículos importados (com exceção do México e Argentina), o presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, declarou que o impacto da instabilidade do mercado foi providencial para a queda. “Mas várias importadoras não dispuseram de certos modelos, devido à impossibilidade momentânea de planejamento de compras no exterior”, declarou Gandini.

Para tranquilizar quem ainda espera comprar um carro importado, o presidente da associação disse que prevê uma regularização do mercado entre o final do primeiro e o início do segundo trimestre deste ano. Sendo que, em março, a expectativa é vender entre 16 e 18 mil carros importados.

Mesmo assim...

Com todos os problemas envolvendo a instabilidade dos preços, as grandes filas de espera e a flutuação do Real, fabricantes como a Kia, Mercedes-Benz, Audi e BMW continuam investindo no mercado brasileiro e uma grande parcela dos lançamentos para 2012 vêm deles.

Outras que também parecem não sentir todo esse abalo são as marcas chinesas JAC, Chery, Lifan, que resistem bravamente e conseguem vender o suficiente para incomodar as “grandes” montadoras nacionais.