Muita tecnologia em um carro pode ser ''desperdício'', aponta estudo

Avaliação é de pesquisa recente da J.D. Power sobre o tema
Fabricantes investem alto na aplicação de tecnologias cada vez mais sofisticadas

Fabricantes investem alto na aplicação de tecnologias cada vez mais sofisticadas | Imagem: Divulgação

É fato que, ultimamente, vivenciamos uma corrida por parte das fabricantes para desenvolver e colocar no mercado tecnologias e assistentes de condução cada vez mais sofisticados.

Até mesmo modelos de entrada, como o Chevrolet Onix, oferecem itens como o assistente de estacionamento e o monitoramento de pontos cegos em sua versão topo de linha. Em paralelo, é cada vez maior o número de modelos com recursos como o alerta de colisão com frenagem autônoma, tecnologia que ajuda consideravelmente na prevenção de acidentes.

Mas será que o público deseja (ou utiliza) toda essa miríade de novos recursos?

Segundo estudo recente da J.D. Power, de modo geral o público ainda é reticente ou não valoriza tanto assim toda a nova eletrônica embarcada oferecida pelos automóveis modernos.

No começo de outubro a consultoria revelou a edição deste ano do U.S. Tech Experience Index Study, conhecido pela sigla TXI e que avalia “a eficácia com que cada marca automotiva traz novas tecnologias para o mercado”. Ao todo foram ouvidos, em um período de 90 dias após a aquisição do carro, 110.827 novos proprietários de automóveis modelo 2021 nos EUA.

Entre as constatações, menos da metade dos donos de automóveis adquiridos recentemente utilizaram as tecnologias avançadas oferecidas por seus carros ao longo do período considerado nas entrevistas.

Para os não usuários desses recursos mais sofisticados, a maioria declarou que não precisa da tecnologia. 

Muito custo, pouco retorno

O preço de veículos novos está em seu maior patamar histórico, parcialmente como um resultado do nível crescente de conteúdo. Isso seria ótimo se os proprietários estivessem se sentindo recompensados por isso, mas, para muitos deles, alguns recursos modernos parecem mais um desperdício”, analisa Kristin Kolodge, diretora executiva da J.D. Power envolvendo assuntos de interface homem-máquina. 

Destacando alguns exemplos, o relatório da consultoria cita que 61% dos entrevistados revelaram que nunca utilizaram plataformas de compras embarcadas nos veículos, enquanto 51% disseram não haver necessidade para tal recurso. 

Em paralelo, menciona o TXI 2021, quando a tecnologia é executada de forma eficaz em um veículo, ela influencia positivamente a decisão do proprietário de comprar outro veículo equipado com o recurso. 

Entre os itens preferidos do público nos EUA, figuram a câmera de ré e o sistema de câmeras 360º, ambos classificados como úteis e que os proprietários desejam em seu próximo veículo. 

Considerando todas as marcas e segmentações de mercado (fabricantes premium e generalistas), a sul-coreana Genesis, da Hyundai, foi a que conquistou a melhor avaliação (634 pontos em uma escala de 1.000) no ranking de inovação do estudo TXI 2021. 

Ela foi seguida por Cadillac (551), Volvo (550), BMW (545) e Mercedes-Benz (523). 

Entre as tecnologias presentes nos veículos, mereceram destaque o sistema de frenagem automática para manobras em marcha à ré, presente no Lexus IS, além do aviso de tráfego cruzado frontal, oferecido no Hyundai Elantra.

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