Na Europa, VW revela motor gasolina capaz de percorrer até 25 km/l

Alemã consegue entregar o mesmo nível de eficiência de um propulsor a diesel com custo menor
Volkswagen Golf 1.5 TSI ACT BlueMotion vendido na Europa

Volkswagen Golf 1.5 TSI ACT BlueMotion vendido na Europa | Imagem: Divulgação

A Volkswagen anunciou nesta terça-feira um motor que promete fazer os europeus embarcarem de vez na onda de adeus aos propulsores a diesel.

A estrela da vez é o novo 1.5 TSI ACT BlueMotion, propulsor a gasolina que usa uma série de periféricos e recursos de projeto e construção para se tornar tão eficiente quanto um propulsor a diesel, porém com a vantagem do custo menor de um motor a gasolina e sem tantas emissões nocivas.

Segundo a Volkswagen, o Golf equipado com o novo motor é capaz de registrar um consumo de até 25 km/l na estrada quando trabalhando em conjunto com o câmbio manual. O consumo médio de acordo com o ciclo de medição europeu também é muito bom e fica em 20,8 km/l. Apenas como comparação, hoje o carro mais eficiente e econômico à venda no Brasil é o híbrido Toyota Prius, que registra médias de 18,9 km/l na cidade e 17 km/l com gasolina. 

Para conseguir esses excelentes resultados, a Volkswagen usou uma série de estratégias agressivas, como por exemplo a desativação de 2 cilindros dependendo do uso do modelo. Em cenários onde o motorista não solicita muito desempenho do veículo, com velocidade inferior a 130 km/h e com o motor atuando em um intervalo de 1.400 a 4.000 rpm, o ACT (Active Cylinder Management) entra em operação. De acordo com a VW, a operação de desativação e reativação dos 2 cilindros é feita de maneira imperceptível para o motorista, que fica sabendo que o motor está operando com somente a metade dos cilindros pela indicação “2-cylinder mode” no painel.

Outra solução que ajuda a despencar o consumo é a função “Eco-coasting”. No Golf equipado com o novo 1.5 TSI ACT BlueMotion e a transmissão de dupla embreagem, quando o motorista está em uma estrada, por exemplo, e alivia o pedal do acelerador, a central de gerenciamento do carro entende que o condutor não precisa de mais força e desliga por completo o motor, desacoplando-o do conjunto motriz ao desengatar a embreagem. Essa função “coasting” nada mais é do que o carro se deslocar pela própria inércia. Para suprir as necessidades de equipamentos elétricos enquanto o motor encontra-se desligado uma bateria de íon-lítio foi instalada no modelo para dar conta da demanda.

Outro ponto que a Volkswagen destaca é que seu novo motor opera no ciclo Miller, com um fechamento antecipado das válvulas de admissão. O uso do ciclo Miller combinado com sistemas avançados de controle de combustão e o auxílio do turbo melhoram a eficiência do propulsor em 10%, de acordo com dados da VW.

Por fim, a Volkswagen também adotou no 1.5 TSI ACT uma turbina de geometria variável, uma solução rara de se encontrar em automóveis mais acessíveis e até hoje encontrada em carros de alta performance com motores a gasolina, sendo mais comum sua aplicação em veículos diesel. Uma das vantagens desse tipo de turbocompressor é que 100% dos gases de escape são aproveitados para movimentar a turbina, aproveitando ainda mais a energia gerada pelo motor. Isso aumenta a eficiência do conjunto, reduzindo consumo e emissões. 

Atualmente, na Europa, a Volkswagen oferecerá o novo 1.5 TSI ACT no Golf e na Golf Variant, onde ele entrega 130 cv de potência, mas adianta que outros modelos receberão o propulsor.

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