Nissan decide importar o Tiida sedã
Versão seria vendida no Brasil pela Chrysler antes da compra da montadora pela Fiat
Algumas estratégias das montadoras instaladas no Brasil são tão inexplicáveis que causam um sentimento de burrice em nós, jornalistas. Vejam o caso da Nissan. A marca japonesa importa há algum tempo o hatch Tiida do México, mas, por mais que mude o visual, melhore o pacote de equipamentos e transforme seu motor em bicombustível, o modelo amarga a última posição do segmento.
Em 2010, a situação até melhorou, mas é impossível garantir que continuará assim após o fim do desconto no IPI. Assim mesmo, o presidente da marca para as Américas, Carlos Tavares, confirmou ontem que a Nissan venderá ainda este ano a versão sedã do Tiida.
Sim, aquele mesmo carro que a Chrysler prometeu lançar aqui há alguns anos, antes de ser vendida para a Fiat. Na época, o acordo entre as duas criou o Dodge Trazo C.18, de nome complicado, mas de conceito simples: era apenas um Tiida sedã com alguns logos diferentes.
Segundo Tavares, a versão cotada terá motor menor que o do hatch, um sinal que a Nissan pretende posicioná-lo num patamar mais baixo a fim de não interferir nas vendas do Sentra, outro modelo mexicano que não consegue se firmar no Brasil.
Talvez seja uma estratégia para ganhar tempo enquanto não é lançado a versão sedã do March, o compacto global que a Nissan trará do México em 2011. Com design elegante e porte capaz de enfrentar o City, da Honda, o modelo deve colocar para escanteio o Tiida sedã quando chegar. Só isso mesmo para essa história fazer sentido.