Oficial: GM encerrará operações da Holden na Austrália
Com mais de um século e meio de história, marca australiana do grupo fechará as portas até o final do ano
Como empresa, a australiana Holden tinha mais mais de 160 anos. Tinha, pois até o fim deste ano a companhia deverá deixar de existir. Desde 1931, a companhia é administrada pela General Motors e, nos últimos anos, já tinha fechado fábricas e estava operando apenas como importadora de veículos na Austrália.
Segundo a GM, a Holden fechará oficialmente as portas ainda neste ano e encerrará todas as atividades desenvolvidas em seu estúdio de design e na pista de testes que mantém nos arredores de Melbourne. Entre 600 e 800 funcionários da marca serão dispensados. Outros 200 restarão, mas apenas para cumprir a obrigação legal de fornecer peças e assistência por mais 10 anos aos veículos da Holden.
A General Motors chegou a afirmar que ainda mantinha uma esperança de reviver a Holden. Porém, GM optou por direcionar investimentos para outras regiões e priorizar mercados considerados mais lucrativos. Países com mão inglesa, como Reino Unido, Japão, Índia e África do Sul, estão sendo abandonados pela companhia. Com 75% das vendas globais concentradas em mercados de mão esquerda, desenvolver veículos específicos para regiões de baixo volume ficou financeiramente inviável, segundo a empresa.
A GM cogita cogita ainda a criação de uma nova submarca para substituir a Holden por lá, chamada por enquanto apenas de General Motors Specialty Vehicles (GMSV). A nova empresa seria responsável por vender modelos norte-americanos selecionados no mercado australiano.
A maioria desses modelos seria adaptada para a mão inglesa pela empresa anteriormente conhecida como Holden Special Vehicles, que atualmente importa o Camaro e a picape Silverado para a Austrália. Outros modelos convertidos devem surgir na sequência, como os SUVs grandes Suburban e Tahoe, além da nova picape elétrica do grupo que reviverá o nome Hummer.
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