Quer gastar menos para arrumar o carro?
Mais baratas, as peças recuperadas têm garantia e controle de qualidade, mas ainda precisam vencer obstáculos
Em ano de crise, nada como buscar formas de economizar dinheiro. Muita gente pode até não conhecer (ou ter algum preconceito), mas para não gastar tanto na hora de consertar seu veículo, seja ele um carro, um ônibus ou até mesmo um caminhão, as peças remanufaturadas podem ser uma saída para poupar algum dinheiro.
E é errado quem pensa que essas peças terão qualidade inferior às novas. “Quando a peça usada chega à fábrica, ela passa por um criterioso processo de restauração, incluindo a desmontagem, inspeção e lavagem dos componentes. Itens que não podem mais ser utilizados são descartados segundo as normas ambientais e substituídos por outros novos e atualizados tecnicamente”, explica Jefferson Germano, presidente da ANRAP.
A própria ANRAP (Associação Nacional dos Remanufatoradores de Autopeças) tem uma história interessante. Ela foi fundada em 1994 por algumas das principais fabricantes de autopeças instaladas no país, no caso a Bosch, Cummins, Sachs Automotive e TRW Automotive. Como o processo de remanufatura está ganhando cada vez mais adeptos, com um crescimento de cerca de 10% ao ano, hoje a entidade já abriga praticamente as principais fornecedoras de autopeças que atuam por aqui.
Um dos empecilhos para que a remanufatura ganhe força por aqui é o desinteresse por parte dos gestores públicos. “O maior desafio para aumentar a remanufatura no Brasil é a falta de incentivos em logística reversa, visto que a devolução do casco (peça usada) ao fabricante é fundamental para manter o processo de remanufatura vivo”, declara a ANRAP em comunicado.
Vale destacar que as peças remanufaturadas passam por testes de qualidade e são certificadas pela própria fabricante com selos de originalidade, procedência e inclusive garantia. “A remanufatura de produtos representa uma grande oportunidade para a sustentabilidade global e o meio-ambiente”, conclui Germano.