Renault Kwid é o provável sucessor do Clio no Brasil

Hatch de baixo custo da Renault tem aparência de crossover e será vendido mundialmente

Renault Kwid | Imagem: Divulgação

Eis a nova proposta para o segmento de modelos de entrada da Renault. O novo Kwid foi apresentado pela montadora francesa na última quinta-feira, 21, em Chennai, na Índia, e deve marcar presença em diversos mercados do mundo – o que inclui o Brasil, para ocupar o lugar do ultrapssado Clio

Usando o mesmo nome de um protótipo apresentado pela marca durante o Salão de São Paulo do ano passado, o novo Renault Kwid tem jeitão de utilitário-esportivo. O modelo apresenta para-choques com desenho mais robusto, faróis e lanternas escurecidos, caixas de roda quadradas com moldura em plástico e detalhe na base das portas, também em plástico.

O novo hatch mede 3,68 metros de comprimento e 1,58 m de largura (para efeito de comparação, o atual Clio conta com 3,81 m e 1,64 m, respectivamente). A plataforma que equipa o modelo é a modular Common Module Family (CMF), desenvolvida pela aliança Renault-Nissan para reduzir os custos de produção em 40 por cento até meados de 2020.

No interior, por se tratar de um carro de baixo custo, o Kwid apela para a simplicidade. Nada de apliques em tecido nas portas. O material que predomina a cabine é o plástico. Até mesmo o painel de instrumentos é simples, apenas com velocidade, hodômetro e marcador de combustível digitais, além de luzes espias. Apesar disso, o automóvel conta com sistema multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas.

O novo Renault Kwid é equipado com um motor de 0.8 litro e transmissão manual de cinco marchas e a chegada do modelo está prevista para o segundo semestre de 2015 na Índia, com preços entre 3 lakhs e 4 lakhs (cerca de R$ 14,3 mil e R$ 19 mil). 

Caso o Kwid seja lançado no Brasil, a Renault deixará de oferecer automóveis de origem francesa, já que o atual trio Sandero, Logan e Duster são de origem romena (Dacia), e o sedã médio Fluence é um projeto sul-coreano (Samsung).

Aposta nos populares de verdade

Caso confirme a produção do Kwid no Brasil, a Renault apostará num segmento que se esvaziou nos últimos anos, o de populares baratos. Hoje o mercado é dominado pelos compactos mais equipados e que custam acima de R$ 35 mil. Os poucos modelos que restam no segmento de entrada são antigos como o Celta e o próprio Clio.