Revolução entre as vans comerciais: modelos vão migrar de forma massiva para a propulsão elétrica

Na semana passada duas estreias chamaram a atenção no universo de veículos comerciais. A Peugeot apresentou o e-Traveller, enquanto a Fiat, por meio de sua divisão Professional, revelou ao mundo o E-Ducato. Essas novidades pavimentam o caminho de uma forte tendência que veremos no curto prazo: a migração cada vez maior de vans comerciais para a adoção de conjuntos propulsores 100% elétricos. 

Para veículos que precisam rodar de forma intensa na cidade, como é o caso, a propulsão completamente eletrificada é algo que faz bastante sentido. Os dois principais motivos é que os conjuntos mecânicos desse tipo pedem pouca ou praticamente nenhuma manutenção, assim como o custo por quilômetro a cada recarga torna-se bem menor se comparado a vans a gasolina ou diesel. Para empresas que trabalham com serviços de entrega ou transporte de pessoas, em que custos operacionais reduzidos potencializam ganhos, essas duas características dos veículos elétricos figuram como o cenário ideal. 

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No caso do Peugeot e-Traveller, a van conta com capacidade para até 9 lugares, três formatos de carroceria (Compacto, Standard e Longo) e duas opções de bateria (50 kWh e 75 kWh). Segundo a Peugeot, a e-Traveller registra uma autonomia que pode chegar a 330 km de acordo com o novo ciclo mundial padronizado de avaliação (WLTP).

O Fiat E-Ducato, por sua vez, traz em sua versão de trabalho uma capacidade volumétrica de 10 m³ até 17 m³, além de suportar uma capacidade de carga de 1.950 kg. Assim, como o modelo da Peugeot, o representante da Fiat pode alcançar autonomia na casa de 330 km. Ponto favorável da propulsão elétrica no caso das duas vans vai para o torque máximo elevado de seus motores, que está disponível a todo momento e alcança 28,5 kgfm no caso da E-Ducato. De aplicação majoritariamente urbana, a van da Fiat terá velocidade máxima limitada em 100 km/h.

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Modelo que será um rival direto da E-Ducato, a Ford prepara a estreia global da variante elétrica da Transit para fevereiro do ano que vem. Em seu mais recente acordo estratégico envolvendo veículos comerciais, é bem provável que a Volkswagen e a Ford também entrem no segmento de vans elétricas nos próximos anos com produtos compartilhados entre as marcas.

A GM, por sua vez, também corre com seu projeto chamado BV1. Ele contempla a criação de uma van elétrica que deverá ser apresentada já no próximo ano. A novidade deve contar com as baterias Ultium, tecnologia da marca em parceria com a LG que contempla unidades com potência de armazenamento variando entre 50 e 200 kW. Segundo a montadora norte-americana, as baterias Ultium deverão proporcionar aos veículos autonomia capaz de superar os 660 km. A GM adiantou que modelos de maior porte, como deverá ser a van fruto do projeto BV1, serão equipados com baterias Ultium de 800 volts com capacidade de carregamento rápido de 350 kW, o que deverá resultar em um processo de recarga muito ágil e garantir que o modelo fique maior tempo circulando, outro ponto importante para empresas do setor de logística.

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Se alguém dúvida do potencial das vans elétricas, a startup Rivian, empresa que conta com investimentos da Ford, fechou um contrato para fornecer 100 mil vans de médio porte para a Amazon. A UPS, gigante do setor de entregas, tem um pedido de 10 mil unidades de uma van elétrica criada pela startup britânica Arrival, empresa que também conta com o apoio de outro grande conglomerado global, no caso o grupo Hyundai-Kia. Segundo notícias do mercado financeiro, os contratos somados de Rivian e Arrival alcançam cifras estimadas em US$ 4 bilhões. Será que alguém vai ficar de fora de uma oportunidade dessas?

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