Entre modelos inéditos, eletrificados e reestilizações, Stellantis terá 51 novidades até 2025

Completando seu primeiro ano, a Stellantis, bem-sucedida fusão entre a PSA e a Fiat Chrysler, reforçou nesta sexta-feira (18) que a América do Sul é estratégica para o grupo e que a região “contará com recursos necessários para investimentos em projetos que sejam estratégicos e rentáveis”.  Em escala global, a empresa planeja investir 14 bilhões de euros por ano em projetos de eletrificação e software. 

Segundo o atual plano estratégico da companhia, chamado Dare Forward 2030, a Stellantis deseja iniciar a próxima década com um participação de mercado igual ou superior a 25% na região e que os veículos híbridos e elétricos sejam equivalentes a aproximadamente 20% do seu mix de vendas. 

Para tanto, a empresa acredita que os projetos de eletrificação podem ser combinados, no Brasil, com a utilização de etanol, um combustível de baixo impacto ambiental e que constitui uma vantagem competitiva do país. Segundo o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, outro ponto relevante é que o etanol poderá tornar a propulsão limpa acessível a faixas maiores de consumidores. 

Outro ponto-chave apontado por Tavares é que, apesar de a tecnologia elétrica ainda ter um custo elevado, ele tende a cair à medida que a produção expandir. Nas palavras do CEO, este aumento dos volumes de produção deve ocorrer primeiro nos Estados Unidos, China e Europa, fazendo os custos diminuírem e viabilizando a expansão em outros mercados, como a América Latina. 

51 novidades

Deixando sua atenção com a América do Sul, a Stellantis aproveitou a presença de seu CEO global no país para acompanhar o início da produção local do novo Citroën C3 e confirmou um amplo pacote de novidades para nosso mercado e os países vizinhos. 

Ao todo a Stellantis prevê a estreia de 16 novos modelos de suas marcas na América Latina até 2025. A conta ainda recebe o acréscimo de mais 7 modelos eletrificados (provavelmente começando com o Jeep Compass 4xe importado da Europa). 

Também até 2025 o grupo tem programadas 28 reestilizações de produtos atualmente em linha “e o avanço da eletrificação da gama em sinergia com o etanol, além de investimentos em direção autônoma, em conectividade e novos serviços”, acrescenta o comunicado da empresa. 

Somando todas as ativações que as marcas da Stellantis vão realizar, estamos falando de um pacote com 51 novidades dentro dos próximos quatro anos. 

A Stellantis encerrou seu primeiro ano de atividade com receitas operacionais de 152 bilhões de euros, dos quais 10,7 bilhões (R$ 67 bilhões) foram gerados na América do Sul. A região comercializou 830 mil veículos em 2021 e alcançou um lucro operacional de 882 milhões de euros (R$ 5,6 bilhões). 

De acordo com o CEO da Stellantis, os resultados alcançados na região foram excelentes e poderiam ter sido melhores sem os problemas decorrentes da escassez de semicondutores. “O fato é que a América do Sul alcançou uma performance exemplar. É um time competitivo que busca a liderança”, finaliza Tavares.

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