Tetraplégico atinge 245 km/h em carro de corrida

Equipe aprimora ainda mais seu carro semi-autônomo e mostra como essa tecnologia já está avançada
Chevrolet Corvette Z06 conduzido pelo tetraplégico Sam Schmidt, que atingiu 245 km/h

Chevrolet Corvette Z06 conduzido pelo tetraplégico Sam Schmidt, que atingiu 245 km/h | Imagem: Divulgação

A equipe Arrow surpreendeu novamente e atingiu mais um recorde de velocidade com o seu projeto SAM (Semi-Autonomous Motorcar). Controlado pelo piloto Sam Schmidt, que ficou tetraplégico em um acidente durante uma competição no ano 2000, o Chevrolet Corvette Z06 adaptado atingiu 245 km/h no famoso oval de Indianápolis (EUA). A velocidade foi 72 km/h maior do que a primeira apresentação do Corvette em 2014 no mesmo circuito.

Com uma intrincada combinação de softwares e equipamentos como câmeras por infra-vermelho e monitores de movimento posicionados na cabeça de Sam, o Corvette recebeu vários aprimoramentos e o computador central do sistema consegue interpretar bem mais informações.

Sam Schmidt consegue controlar a direção do Corvette apenas movimentando sua cabeça para onde quer que o carro se desloque. Uma pequena peça com sensor de pressão é colocada na boca de Schmidt e para que o carro acelere basta ele assoprar controlando a intensidade. Da mesma forma para frear o carro ele precisa apenas sugar o ar pela peça.

Um sensor GPS é capaz de analisar se o carro se aproxima do limite da pista, realizando pequenas correções no sistema de direção. De qualquer forma, o Corvette ainda conta com um co-piloto com controles convencionais, que pode acionar o comando caso ocorra alguma falha no sistema.

“Foi muito emocionante estar no controle de um carro de corrida novamente e atingir altas velocidades. O projeto SAM é um grande exemplo do que é possível quando as pessoas certas se reúnem para inovar e expandir barreiras”, declarou Schmidt.

Vale destacar que a Arrow disponibiliza todos os softwares, bem como os equipamentos e o projeto, de forma livre para que mais desenvolvedores e engenheiros possam desenvolver a tecnologia e oferecer mais condições de independências às pessoas com deficiência.