Venda de carros usados e de importados novos cresce em maio, mas resultado está longe de ser celebrado

Dois setores ensaiam recuperação, mas as vendas na comparação com 2019 estão bem abaixo da média
Usados: público busca levantar dinheiro vendendo o carro atual

Usados: público busca levantar dinheiro vendendo o carro atual | Imagem: Agência Brasil

Mostrando um lado perigoso da crise, como vamos abordar adiante, as negociações de automóveis e comerciais leves usados começaram a esboçar uma reação no mês passado.

Segundo os dados da Fenabrave, federação que reúne os concessionários brasileiros, foram negociados 318.150 veículos usados dentro dessas duas categorias em maio de 2020, uma alta de 118,43% na comparação com o mês imediatamente anterior. Mesmo assim, o resultado ainda representa uma queda de 66,82% na relação anualizada com maio de 2019.

Ainda de acordo com a Fenabrave, do total negociado em maio deste ano isolando os carros de passeio e comerciais leves, os modelos com até 3 anos de fabricação representaram 12,06% do total comercializado e 11,49% do total no acumulado do ano.

No mês de maio, o aumento da comercialização de veículos usados foi fortemente influenciado pela volta de funcionamento de alguns Detrans, o que permitiu a realização das transações. Outro fato relevante é a própria crise, que fez muitas pessoas comercializarem seus veículos usados, seja para trocar por outro, de menor valor, ou mesmo para revertê-los em dinheiro, para complementar sua renda e honrar compromissos”, analisa Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, apontando os efeitos da recessão desencadeada pela pandemia do novo coronavírus. 

Importados

Também em maio deste ano, o setor de carros importados contabilizou exatos 1.000 emplacamentos no mês, uma elevação de 33,3% em relação a abril, quando foram vendidas 750 unidades importadas. Porém, comparado a maio de 2019, a retração foi de 67,7% nas vendas.

Com esses resultados, o acumulado nas vendas de veículos importados nos primeiros cinco meses do ano fechou em queda de 34,2%, com 8.915 unidades contra 13.540 emplacamentos no mesmo período de 2019. 

As consequências da pandemia e a valorização das moedas dólar e euro mostram-se devastadoras para o nosso setor. Em maio, como ainda havia estoques de unidades importadas antes dessa elevação acentuada do câmbio, as associadas puderam segurar seus preços, o que – de alguma forma – movimentou as vendas. A pressão sobre o setor é grande porque, a permanecer a atual volatilidade das moedas estrangeiras, e considerando a finalização do estoque importado com câmbio menos depreciado, o aumento de preços será em breve inevitavelmente sentido no varejo”, adianta João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa, associação que reúne 15 empresas entre importadores e fabricantes locais. 

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