Volta da Dakota? Stellantis parece ter cancelado a ideia

Modelo poderia posicionar a Ram novamente entre as picapes médias
Detalhe da Dodge Dakota nacional em sua rara configuração cabine dupla

Detalhe da Dodge Dakota nacional em sua rara configuração cabine dupla | Imagem: Divulgação

Há um bom tempo surgiram rumores de que a Fiat Chrysler, agora Stellantis, poderia atuar novamente no segmento de picapes médias resgatando a Dakota em sua linha de produtos. Nos EUA, a picape saiu de linha após a introdução do ano/modelo 2011, porém, vale lembrar, o utilitário também fez história aqui no Brasil. Até então vendida sob a marca Dodge, a Dakota foi produzida no país entre 1998 e 2002, onde contou com opções 2.5 e 3.9 V6, ambas a gasolina, 2.5 turbodiesel e tinha na opção R/T o apelo do motor 5.2 V8 de 232 cv. 

Ouvindo fontes da Stellantis, o GM Authority noticiou no último domingo que o projeto para uma inédita Ram Dakota foi cancelado. O envolvidos no assunto, entretanto, não souberam pontuar os motivos da decisão.

A volta da Dakota no portfólio do novo conglomerado seria interessante para posicionar a empresa no segmento de Nissan Frontier, Ford Ranger e Chevrolet Colorado (prima da nossa Chevrolet S10) nos EUA. Por lá, hoje a categoria é liderada pela Toyota Tacoma, que conta com mais de 40% de participação no segmento.

Certamente um modelo como a Ram Dakota (ou sob alguma outra marca da Stellantis) teria como destino certo o Brasil, mercado onde picapes médias contam com destacada aceitação.

Uma teoria que pode explicar porque a Stellantis pode ter cancelado a volta da Dakota ao mercado envolve os resultados satisfatórios em termos de procura que a Jeep Gladiator conquistou no mercado norte-americano. Apesar de mais cara do que as picapes médias convencionais e adotar uma proposta voltada ao off-road, a Gladiator caiu no gosto do público local, respondendo por 13% de market share no segmento. Somando 77.542 unidades emplacadas em 2020 nos EUA, a Gladiator obteve uma procura superior em relação a modelos como a GMC Canyon (25.190 unidades) e a Nissan Frontier (36.845), sendo que o modelo da Nissan encontrava-se bastante defasado em relação aos concorrentes e foi renovado recentemente, o que deverá incrementar seus números de venda. 

Acima a quarta geração da Dodge Dakota, até o momento a última a ser produzida
Acima a quarta geração da Dodge Dakota, até então a última produzida
Imagem: Divulgação

Caso saísse do papel, a tendência era que a Ram Dakota deveria compartilhar boa parte da estrutura com a Jeep Gladiator, oferecendo sob o capô o motor 3.6 V6 associado a uma transmissão de 8 marchas e opção de tração traseira ou 4x4. Um 3.0 V6 turbodiesel também estaria nos planos. A Dakota, entretanto, poderia ter um caráter menos extremo para o off-road em relação ao visto na Gladiator, talvez mais focada para o transporte de carga e conforto no uso rodoviário.

De qualquer forma, importante destacar que está nos planos da Jeep importar a Gladiator ao Brasil assim que a capacidade produtiva do modelo nos EUA conseguir atender outros mercados. Seu preço aqui, entretanto, deverá ficar na mesma faixa (ou até um pouco acima) das opções topo de linha diesel das picapes médias produzidas tanto em nosso país bem como na Argentina.

Acima a quarta geração da Dodge Dakota, até o momento a última a ser produzida
Modelo foi descontinuado nos EUA no ano/modelo 2011
Imagem: Divulgação

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