Vou comprar um carro, mas qual versão escolher?

É importante escolher bem a configuração para não perder dinheiro no futuro
Volkswagen T-Cross 2020

Volkswagen T-Cross 2020 | Imagem: Divulgação

O fato deve ser comemorado, uma vez que quanto mais opções mais acirrada torna-se a concorrência e o mercado como um todo. Com isso, quem vai comprar um carro novo hoje em dia precisa fazer uma boa pesquisa entre as diversas marcas e modelos que figuram no universo automotivo brasileiro para achar aquele automóvel que melhor vai lhe atender em suas necessidades.

Uma vez definida a marca e o modelo, muita gente se depara com uma questão que também pede uma escolha cautelosa: por qual versão do carro eu devo escolher?

Para quase todos os modelos – incluindo aí até marcas premium – é natural que as fabricantes criem catálogos de entrada mais acessíveis que tem a função de “fisgar” potenciais clientes. A grande questão é que essas versões muitas vezes deixam de lado itens hoje em dia considerados fundamentais em qualquer automóvel e que há um bom tempo eram tratados como “luxos”, como o ar-condicionado e algum sistema de assistência para a direção, que pode ser elétrico ou hidráulico dependendo do modelo.

Logo, o ideal quando você encontrar aquele modelo que mais lhe agrada é sempre optar por versões que contenham todos (ou pelo menos a maioria) dos recursos que você considera indispensáveis em um automóvel.

Um exemplo: se para você as rodas de liga leve e a central multimídia são componentes que você não abre mão e estão disponíveis apenas a partir da versão intermediária, é ao menos por ela que você deve optar.

Também não é interessante você comprar a versão mais básica e acessível de determinado carro e gastar com acessórios. Além de, em grande parte dos casos, você comprometer a originalidade e a garantia do veículo, muitas vezes o serviço ou o aspecto do equipamento não contam com o mesmo padrão de um equipamento que sai de fábrica no carro, seguindo os padrões mais rígidos de qualidade da linha de montagem.

Além disso, futuramente, o valor que você investe em acessórios dificilmente poderá ser recuperado na hora de revender o carro, uma vez que os principais institutos de pesquisa levam em consideração as versões sem opcionais na hora de levantar os valores de mercado. Os acessórios podem ajudar na hora da liquidez do automóvel, ou seja, a facilidade na hora da revenda, mas não necessariamente permitem que você cobre a mais pelo carro apenas pelo conteúdo extra.

Ainda na questão do mercado e da negociação futura do veículo, a KBB Brasil revelou nesta semana uma pesquisa muito interessante comparando a depreciação ao longo de um ano entre as versões mais equipadas e as básicas de diferentes modelos.

Analisando as versões básicas que mais perdem valor, o estudo aponta como destaque o Volkswagen Polo. A versão básica (1.0 MSI) apresenta uma depreciação 5,44% maior em relação à topo de linha (Highline). O modelo é seguido pelo Jeep Renegade, no qual o básico (1.8 flex automático) deprecia 4,99% a mais do que o topo de linha (Trailhawk).

Em terceiro lugar, observa-se uma redução na diferença de depreciação, como o caso do Chevrolet Onix, no qual a diferença de depreciação entre as versões básicas e topo de linha é de 2,44%. Já a versão básica do Fiat Argo deprecia 2,05% a mais do que a topo de linha, seguido pelo Ford Ka, com uma diferença pequena de 0,5% entre as opções básicas e topo de linha.

A pesquisa realizada pela KBB Brasil também nos permite depreender uma questão importante: praticamente todas as versões topo de linha dos carros citados anteriormente contam com câmbio automático, transmissão que vêm ganhando cada vez mais espaço na preferência dos brasileiros e se tornará algo relevante na negociação do carro entre os usados.

Por fim, uma última dica é evitar adquirir hoje em dia carros sem ao menos ar-condicionado, direção assistida, travas e vidros elétricos. Atualmente, com a evolução do mercado rumo a um comportamento mais maduro na aquisição do automóvel, carros “pelados” perderam cada vez mais espaço e hoje são destinados apenas para frotistas ou compras diretas bem específicas. Afinal, quem não espera encontrar um bom nível de conforto a bordo do seu próximo automóvel, não é mesmo?

 

Versão Precision, dentro da gama Fiat, é uma das mais equipadas para o Argo e o Cronos
Versão Precision, dentro da gama Fiat, é uma das mais equipadas para o Argo e o Cronos
Imagem: Divulgação

 

Volkswagen T-Cross 2020

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