Este é o novo Tucson, sucessor do ix35

Nova geração do SUV da Hyundai cresceu e pegou uma carona no estilo do irmão maior Santa Fe. Modelo deve chegar ao Brasil em 2016

Novo Tucson: SUV inverte a história e agora substitui o ix35 | Imagem: Divulgação

Você não leu errado: o Tucson foi revelado na Europa para substituir o ix35. Os papéis se inverteram agora e o SUV da Hyundai deve voltar a se chamar Tucson em todos os mercados, a princípio. A marca sul-coreana divulgou as primeiras imagens da 3ª geração do modelo, que será apresentada no Salão de Genebra nos próximos dias e vendida no continente europeu no segundo semestre – e depois no resto do mundo.

Se ainda não ficou claro o que está acontecendo com o conhecido modelo da Hyundai é ‘culpa’ da filial brasileira. Aqui, o Tucson original continua em produção nas mãos do grupo CAOA, que também monta o ix35, razão da aposentadoria do primeiro SUV em 2010 em outros países. Na época, a Hyundai achou por bem rebatizá-lo como ix35 em alguns mercados como o europeu. Foi a deixa para que o velho Tucson seguisse à venda aqui e pudesse elevar o sucessor a outro patamar de preço.

Agora, a Hyundai parece que mudou de ideia. O novíssimo Tucson deve ser chamado assim em todo o globo – hoje os norte-americanos, por razões óbvias, só o conhecem pelo nome da cidade do estado de Arizona. Resta saber o que a CAOA e a Hyundai farão no Brasil – hoje o Tucson de primeira geração é o SUV médio mais vendido do mercado e não vai ser fácil explicar que o novo Tucson tomará o lugar do ix35, produzido no Brasil.

Tucson com fermento

Polêmica do nome à parte, o novo Tucson deve chegar ao Brasil em 2016 com preço salgado. Ele cresceu em quase todos os aspectos: está 6,5 cm mais longo, 3 cm mais largo e também 3 cm mais longo no entreeixos. Ou seja, vai oferecer mais espaço interno que o ix35.

Não é só. A versão europeia terá um pacote ‘técnico’ invejável com direito a versões de motores com injeção direta com e sem turbo, que oferecem de 135 a 176 cv de potência – a transmissão é de dupla embreagem e sete marchas, além de um câmbio manual de seis.

No pacote de série, há sistema de estacionamento automático, frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa e um novo sistema multimídia que é, segundo a Hyundai, “três vezes mais veloz que o anterior” – o pacote inclui sete anos de assinatura do serviço Tom Tom para mapas e informações de rota.

Mini-Santa Fe

A respeito do visual, o Tucson não surpreendeu. É uma cópia do estilo já conhecido no Santa Fe, com a grande grade hexagonal frontal. Do velho ix35 sobraram apenas leves referências com as janelas terminando num corte de ‘flecha’ e as lanternas, que invadem as laterais e a tampa do porta-malas (com capacidade para 513 litros, aliás).

O projeto teve o pitaco do alemão Peter Schreyer, responsável por transformar os carros da irmã Kia em modelos desejados. Talvez ele tenha sido um tanto comedido para uma marca que se orgulhava do estilo anterior, o tão repetido (e enjoativo) ‘escultura fluida’.

Por fim, o painel de instrumentos decepciona. É comum, com um painel de instrumentos que pouco acrescentou ao anterior, uma tela da central multimídia com comandos conservadores e um console central um tanto modorrento – nem freio elétrico de estacionamento existe para aumentar o aproveitamento interno.

Nada disso, no entanto, será obstáculo para os consumidores que já criaram simpatia pelo modelo, uma espécie de ‘Corolla SUV’, seja ele chamado de ix35 ou Tucson. Isso pouco importa.