SUVs médios, como o Corolla Cross, se tornarão o foco de diversas marcas aqui no Brasil em breve
Categoria terá o reforço de novidades importantes nos próximos meses e ajudamos a entender algumas razões para esse fenômeno
Só falta um anúncio oficial, mas são exponenciais as chances de que o futuro SUV derivado da 12ª geração do Corolla seja o aguardado SUV nacional que a Toyota vai produzir no Brasil a partir de 2021.
Digamos que o Corolla Cross, como está sendo informalmente chamado uma vez que a revelação oficial do modelo ocorrerá nesta quinta-feira (9), é apenas um bom representante de uma categoria que vai crescer consideravelmente nos próximos anos.
É fato que as montadoras instaladas no Brasil olham para o sucesso comercial do Jeep Compass e querem aproveitar a fórmula também em modelos de seus portfólios. Mas o que ajuda a explicar uma aceitação tão grande do Compass em nosso país, o que promoverá uma expansão do segmento nos próximos meses?
Uma diretriz primordial desses carros pode ser analisada nas competentes projeções do futuro SUV da Toyota que o perfil do Instagram Overboost BR em conjunto com o canal De Carona com Leandro realizaram nesta semana. Desde já agradecemos aos profissionais pela gentileza de compartilhar conosco e nos permitir utilizar o material.
Como é possível constatar pelas ilustrações em conjunto com informações preliminares sobre o modelo que começaram a circular pela internet ao redor do mundo, uma característica relevante tanto do Compass como de seus futuros concorrentes diretos reside no porte muito equilibrado e singular.
Com medida de comprimento na casa de 4,40 m e entre-eixos de cerca de 2,65 m, os SUVs médios modernos entregam um tamanho que permite conciliar uma cabine bastante espaçosa para o uso familiar com a vantagem de um porta-malas geralmente superando com folga os 400 litros. Logo, esses modelos conseguem de diferenciar em relação aos SUVs compactos como o Jeep Renegade, VW T-Cross, entre outros, em especial pelo conforto superior que proporcionam aos ocupantes.
O mais interessante é que modelos como o Compass ainda preservam um tamanho bastante adequado ao uso urbano, sem exageros, portanto muito mais fácil de conduzir e estacionar em relação à modelos bem maiores como um Toyota SW4 ou um Chevrolet Trailblazer, por exemplo.
Outro ponto, e aí partindo para o lado administrativo das montadoras, é que SUVs médios também permitem a cobrança de preços maiores, consequentemente abrindo margem para lucros superiores em relação aos demais segmentos.
Na linha Jeep, por exemplo, hoje em dia o Compass mais acessível é tabelado em R$ 121.990 em sua configuração Sport 2.0 flex. Já quem deseja um Renegade, por exemplo, consegue estacionar o modelo na garagem de casa gastando R$ 77.490 na versão de entrada STD 1.8 flex. Um pouco mais equipado, o mesmo Renegade custa R$ 91.590 na variante Sport também com o propulsor bicombustível.
Logo, não é por acaso e para atender um perfil de consumidor que deseja migrar de um sedan médio para um SUV mais espaçoso é que a Ford vai lançar em breve no Brasil o Territory e a Volkswagen vai posicionar o fruto do projeto Tarek entre o T-Cross e o Tiguan Allspace aqui no Brasil.
A Chevrolet, por sua vez, já conta com o Equinox no Brasil como seu SUV médio. O modelo, inclusive, trouxe no fim de 2019 a opção de motor 1.5 turbo para atuar em faixas de preço mais competitivas. Já a Peugeot importa da Europa a dupla 3008 e 5008, enquanto a Nissan estuda entrar na categoria por aqui com a nova geração do X-Trail.
Até mesmo a Jeep vislumbrou espaço para aproveitar o sucesso do Compass e vai apostar em um terceiro modelo nacional, aproveitando a plataforma de sucesso que sustenta os projetos de Renegade, Fiat Toro e do próprio Compass para criar um SUV com 7 lugares previsto para estrear em 2021. O futuro Jeep nacional será um modelo próximo ao que encontramos hoje no VW Tiguan Allspace, SUV importado do México e que conquistou bom volume de vendas aqui no Brasil, sinal de que existe demanda para modelos com três fileiras de assentos em nosso país.
Interessante que, entre os SUVs médios, uma espécie de subsegmento foi criado envolvendo os utilitários esportivos com o porte em questão, mas equipados com conjuntos propulsores eletrificados. Seu principal representante hoje no Brasil é o Toyota RAV4, sendo que a ele deverão se juntar, em um futuro próximo, o Ford Escape Hybrid e o Citroën C5 Aircross.
Com tudo isso, os SUVs médios ganharão um inegável espaço de destaque no Brasil e ao redor do mundo, potencializando a participação de mercado desses veículos. Com uma concorrência tão acirrada e repleta de excelentes produtos, os consumidores só tem a ganhar. Uma ótima notícia!