Você sabe frear o carro? Veja dicas para não passar apuros

Entenda o funcionamento do ABS e saiba porque o freio de estacionamento só deve ser usado em emergências
Os freios não são exigidos tanto na vida real como nas competições, mas são tão importantes quanto

Os freios não são exigidos tanto na vida real como nas competições, mas são tão importantes quanto | Imagem: Jez/FLickr

Saber frear um carro é tão importante quanto saber acelerar. Afinal, em uma emergência, conseguir parar completamente o veículo um ou dois metros antes pode ser crucial para poupar a vida de alguém.

Abaixo, você vai conhecer os sistemas de freios mais comuns e ver dicas de como usá-los em caso de necessidade.

Tipos de freio

Atualmente, os carros mais baratos saem de fábrica com freios a disco na dianteira e com tambores na traseira.

Modelos mais caros, como SUVs e sedãs médios, e já alguns modelos compactos, como Volkswagen T-Cross e Jeep Renegade, por exemplo, lançam mão de freios a disco nas quatro rodas.

Nesse caso, quase sempre os discos são de ferro. Porém, nos carros de alta performance, o material utilizado pode variar, tudo em nome de uma maior eficiência, ainda que o custo também seja elevado.

Freios de composto de carbono-cerâmica começam a aparecer em modelos esportivos, embora o carboneto de tungstênio, tão eficiente quanto, só que mais barato, tem ganhado espaço em Audi e Porsche, citando dois exemplos.

A diferença entre os discos e os tambores, além do custo, é a eficiência. Freios a disco fazem um carro parar antes do que similares a tambor. Abaixo, uma explicação do funcionamento de cada um.

Freios a tambor

Criado há quase 120 anos, o freio a tambor exige mais componentes: tambor (que vai preso à roda), sapatas, cilindros, pistões, lonas e molas.

Quando o motorista pressiona o pedal do freio, o fluido de freio viaja pelo cilindro, ativando os pistões, que têm como função pressionar as sapatas com as lonas contra o tambor, causando atrito e reduzindo a velocidade do veículo.

Apesar de ser mais barato do que um freio a disco, esse sistema não dissipa o calor com a mesma eficiência dos discos, aumentando a distância de frenagem. Por ser fechado, ele também tende a acumular mais sujeira.

Freios a disco

Os freios a disco utilizam menos peças. Um conjunto formado por pinças, pistões e pastilhas é montado em volta do disco. Este, por sinal, é preso ao cubo da roda.

Quando o pedal de freio é acionado, o fluido faz pressão nos pistões, que ativam as pinças e pastilhas, causando o atrito no disco.

Por ser exposto, esse sistema consegue dissipar o calor com mais facilidade, reduzindo a chance de fadiga.

ABS: tecnologia fundamental para garantir frenagens mais seguras estreou em 1978
ABS: tecnologia fundamental para garantir frenagens mais seguras estreou em 1978
Imagem: Divulgação

ABS e sua importância

Usando discos ou tambores, todos os carros novos fabricados no Brasil desde 2014 devem ter freios com ABS, um auxílio eletrônico que evita o travamento das rodas durante frenagens.

O ABS foi apresentado ao mundo em 1978, fruto de um desenvolvimento conjunto de Mercedes-Benz e Bosch.

A tecnologia utiliza sensores que monitoram o movimento das rodas centenas de vezes por segundo. Ao menor sinal de que elas estão travando, o sistema faz repetidos movimentos de pinçar e soltar as pastilhas de freio.

Isso acontece de forma automática e mais rápida do que o mais ágil dos motoristas conseguiria fazer. Além de reduzir a distância de frenagem em preciosos metros, o ABS ainda permite que o condutor mantenha o controle do veículo, inclusive podendo mudar a trajetória para desviar de um obstáculo e evitar uma colisão.

Um dos sinais de que o ABS está em ação é uma trepidação do pedal. Por não estarem acostumados ao funcionamento do auxílio, alguns motoristas mais desavisados podem achar que o sistema está com defeito, e, por isso, acabam aliviando o pé do freio.

Se seu carro não tem ABS, você pode fazer os movimentos de pressionar e soltar o pedal do freio repetidamente, da forma mais rápida que conseguir. Dessa forma, é possível mitigar o travamento das rodas.

Freio motor

Se você precisa encarar uma descida de serra, uma dica importante é saber usar o freio motor para não sobrecarregar os freios e acabar sendo pego desprevenido em uma situação de emergência.

Alguns carros automáticos possuem uma função específica para isso, geralmente identificada pela letra L na alavanca.

Já em modelos manuais, basta reduzir uma ou duas marchas para perceber que o próprio motor está “segurando” o carro.

Posso usar o freio de estacionamento para reduzir a velocidade?

A resposta é simples: apenas em uma emergência, se o sistema principal de freios apresentar algum problema.

O freio de estacionamento, como o próprio nome já diz, serve para manter o veículo parado após ele ser estacionado.

Ele funciona com um cabo independente do freio principal, que aciona as sapatas dos tambores ou as pinças dos discos para travar as rodas traseiras.

O acionamento pode ser mecânico, quando o carro possui alavanca ou pedal auxiliar ou eletrônico, nos modelos mais modernos, por meio de um botão.

E, a não ser que você esteja em uma emergência (ou competição de drift), em que os freios principais não estejam funcionando, o freio de estacionamento não deve ser usado com o carro em movimento.

Acioná-lo como o veículo andando sem necessidade é até perigoso, já que ele simplesmente trava as rodas traseiras, facilitando a perda do controle.

Nos carros que usam freio de estacionamento eletrônico, a história é um pouco diferente, já que o sistema pode identificar que é uma situação de emergência e frear o carro normalmente, sem travar as rodas traseiras.

Modelos de alta performance contam com materiais nobres no sistema de freio
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Imagem: Divulgação

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