Câmbio CVT pode ganhar cada vez mais participação no Brasil

Diversas fabricantes estudam ampliar o uso desse tipo de transmissão no país
Nissan Versa 2017

Nissan Versa 2017 | Imagem: Divulgação

O câmbio automático CVT (relações continuamente variáveis) é uma transmissão polêmica. Alguns gostam desse tipo de caixa automática pela linearidade no funcionamento, outros querem passar longe desse tipo de câmbio pela sensação de que o carro fica “gritando” demais nas acelerações e retomadas.

Em grande parte utilizado por marcas japonesas, o câmbio CVT notadamente não se deu bem no mercado norte-americano, por exemplo, onde o público de lá prefere notar as marchas avançando na medida em que o carro ganha velocidade.

Independente de você amar ou odiar a transmissão CVT, é fato que esse tipo de câmbio parece que vai ganhar cada vez mais participação no mercado brasileiro por uma peculiaridade inerente a esse tipo de caixa automática: a maior economia de combustível que proporciona aos veículos que equipa.

Aqui no Brasil ainda estamos longe de normas de emissões cada vez mais restritivas como as que serão adotadas pela Europa ao longo da próxima década, mas como o baixo custo de propriedade é algo relevante para os brasileiros na hora de escolher seu próximo carro, quanto mais econômico ele for, melhor será sua competitividade no mercado. Outro ponto é que hoje em dia uma transmissão CVT não é tão mais cara em relação a um câmbio automático convencional, portanto as montadoras precisam realizar uma intrincada relação entre custo, retorno e preço final do automóvel antes de definir por qual tipo de câmbio optar. 

Segundo apuramos, a Fiat Chrysler ainda está para definir se adotará uma caixa automática de 6 marchas ou partirá para uma transmissão CVT em sua linha nacional, uma decisão que deverá sair em breve uma vez que, em especial a Fiat, precisa arrumar uma solução para substituir a caixa automatizada que hoje está presente nas linhas Argo e Cronos em conjunto com o motor 1.3. Esse tipo de transmissão não caiu no gosto do público – apesar da Fiat ainda insistir nesse tipo de transmissão – e os dois modelos precisam de uma alternativa para melhorar seu leque de opções.

A Renault, que já ofereceu uma caixa automática de 4 marchas para o Logan e o Sandero, migrou posteriormente para uma transmissão automatizada de 5 velocidades, chamada EasyR, mas, ao que tudo indica, partirá para a caixa automática CVT quando lançar o facelift mais profundo para a dupla, ao que tudo indica, até o fim deste ano. No caso da Renault, ela basicamente vai adaptar o conjunto mecânico hoje em dia utilizado nos Nissan March e Versa. 

Para quem acha que câmbio CVT está apenas ligado com a economia de combustível, saiba que mesmo modelos mais caros também adotam esse tipo de transmissão em busca de melhor performance, como é o caso do Honda Civic Touring, por exemplo, que associa o motor 1.5 turbo a uma caixa de relações continuamente variáveis. A própria Audi também já aplicou esse tipo de câmbio em uma das gerações do A4.

E você, é favorável a uma difusão das caixas CVT? O que acha desse tipo de câmbio? Deixe sua opinião no campo de comentários abaixo!  

 

Nova transmissão Direct Shift-CVT da Toyota
Nova transmissão Direct Shift-CVT da Toyota
Imagem: Divulgação

 

 

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