Blindagem de carros bate novo recorde no Brasil

Os brasileiros estão priorizando cada vez mais a segurança. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Blindagem (Abralin), o mercado de automóveis blindados registrou um novo recorde pelo quarto ano consecutivo. Durante 2013, 10.156 veículos foram blindados, o que representa uma alta de 21,13% em comparação com o ano anterior, quando 8.384 receberam a proteção. Em 2010 e 2011, foram, respectivamente, 8.106 e 7.332 modelos. A pesquisa contou com a participação de 31 blindadoras, responsáveis por 70% da produção total de veículos blindados no País.

Entre os estados que mais blindaram veículos no ano passado, São Paulo lidera com pouco mais de 63%. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 12% do ranking. Os estados do Nordeste completam o top 5, sendo Pernambuco com 6,37%, Ceará com 5,94% e Bahia com 2,84%. Os quase 10% restantes são distribuídos no Amazonas, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba.

Quanto ao perfil dos proprietários dos automóveis blindados, segundo a pesquisa da Abralin, houve um crescimento na participação de mulheres no setor. Os homens ainda lideram o ranking, com participação de 57%. As mulheres aumentaram sua participação, que foi de 42,5% de 2012 para 43% de 2013. Em 2011, esse volume era de 35 por cento. A faixa etária dos clientes é de 30 a 39 anos, para ambos os sexos. Em 2012, a faixa etária masculina foi a mesma, mas entre as mulheres as idades eram entre 30 a 39 anos.

Já na questão profissional, 70% dos proprietários de veículos blindados são executivos/empresários, 15% artistas/cantores, 8% juízes e 7% políticos.

O carro mais blindado no Brasil em 2013 foi o Volkswagen Tiguan, seguido pelo Range Rover Evoque. O Toyota Corolla, líder nas vendas dos sedãs médios no mercado nacional, ficou empatado com o utilitário-esportivo britânico. Logo depois aparece o Jetta, também da VW.

A blindagem mais pedida pelos clientes no Brasil durante o ano passado foi a de nível III-A. De acordo com o presidente da Abrablin, Laudenir Bracciali, "esse nível suporta até tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revólveres .44 Magnum. É o mais adequado para garantir efetiva proteção contra as maiores ameaças de armas curtas de fogo encontradas hoje nas mãos da criminalidade".