BMW é acusada de espionagem

Empresa francesa de elétricos denuncia montadora de infiltrar funcionários para roubar dados

BMW i3 | Imagem: Divulgação

A BMW está tendo uma semana daquelas. Após lançar sua linha de elétricos no Salão de Frankfurt, a empresa alemã passou de boa moça para vilã ao se tornar réu em um processo de espionagem industrial. Pois é, a francesa Autolib, especializada em veículos elétricos de baixo custo, acusa a marca alemã de infiltrar dois funcionários na sede da companhia para roubar dados de seus produtos.

A BMW admitiu ter feito testes com as bases de recarga que a Autolib fabrica, mas negou ter retirado dados dos veículos elétricos. Por sua vez, os funcionários da Autolib alegaram ver os técnicos contratados testando os carros com um computador. Isso no dia 21 de agosto, segundo o jornal francês Le Figaro. E, no mesmo dia, tais funcionários alemães ainda tentaram se passar por empregados da Autolib.

Resultado: 24 horas de prisão preventiva para os dois. Isso porque ao verificar os dados fornecidos pelos acusados, a Autolib ficou ciente de que estes trabalhavam para uma empresa chamada P3. Esta que é uma companhia de engenharia contratada pela BMW para adequar a linha de elétricos da marca às condições de mercado.

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No final das contas, apesar dos funcionários da P3 presos afirmarem que trabalhavam para a BMW, a companhia alemã alegou que ambos estavam a serviço de outra empresa no dia dos delitos. Insatisfeita, a Autolib entrou com uma ação judicial contra a BMW acusando-a de abuso de confiança, intrusão no sistema de informação e espionagem industrial.

Ambos os técnicos foram liberados e a BMW emitiu uma nota oficial negando qualquer tipo de espionagem. A companhia ao menos pediu desculpas por não pedir autorização prévia à Autolib para efetuar os testes. O processo ainda não foi concluído.