Eles estão a caminho do Brasil

Conheça os carros do Salão de Paris que logo serão vendidos em nosso país

Kia Sportage | Imagem: Ricardo Meier

Ainda estamos longe de não estranhar os carros que são mostrados nos salões europeus, mas é possível comemorar a chegada de vários modelos que farão parte da nossa realidade em breve. AUTOO analisou cada um deles e mostra a seguir o que esperar dessas estréias nacionais. Confira:

Audi A1

O compacto da Audi não nega o nome. É pequeno mesmo e pode causar estranheza em que vê-lo nas ruas. Também não chama a atenção da mesma maneira que um Mini Cooper ou um Smart. Pelo menos o pacote tecnológico agrada. No Brasil após o Salão do Automóvel.

Volkswagen Passat

A nova geração do sedã mais famoso da Volkswagen mal lembra a anterior por fora – apenas a coluna traseira tem o mesmo perfil do anterior. Já o interior mantém a mesma filosofia e arquitetura do irmão Passat CC que, embora mais velho, continua muito mais interessante. Em maio no Brasil.

Volkswagen Touareg

O utilitário esportivo continua dividindo plataforma com o Cayenne, da Porsche, portanto está mais baixo e harmonioso. Ainda bem. Em tempos em que os SUVs são criticados, o VW responde com consumo comedido e mais esportividade. Em março no Brasil.

Kia Sportage

A briga entre Hyundai ix35 e o novo Sportage promete ser fabulosa. O crossover da Kia é realmente muito mais imponente pessoalmente, mas o interior é mais simples que o Hyundai. Se custar menos que o ix35 pode virar uma dor de cabeça para o grupo CAOA. Em novembro no Brasil.

Kia Optima

Fusion? Malibu? Sonata? Nenhum deles atrai tanto os olhares quanto o Optima, ex-Magentis, que fez sua estréia em Paris. O sedã médio-grande da Kia era um dos mais disputados pelos visitantes e impressiona pelo porte e pela personalidade. Em 2011 no Brasil, mas já no Salão do Automóvel.

Chevrolet Cruze

A GM brasileira lançará o Cruze no Brasil em 2011, segundo rumores, mas vale dizer que tanto o sedã quanto o belo hatch, revelado em Paris, mereciam já estar no portfólio. São carros modernos, confortáveis, de design apurado e capazes de enfrentar Civic, Corolla, i30 e Focus hoje. Mas se demorar muito, eles terão de encarar os sucessores desses carros e aí a Chevrolet volta à estaca zero.

Chevrolet Orlando

A minivan crossover da Chevrolet servirá de base para um projeto nacional, o PM7, portanto, pouco do que vimos no Orlando pode estar nele. Ainda assim, dá para adiantar que o monovolume é uma ótima sacada se comparado ao Meriva atual. O espaço é exíguo, embora leve sete passageiros, mas é um carro caprichado, com painel envolvente e visual que impressiona ao vivo. Em 2012 no Brasil.

Mitsubishi ASX

Talvez o novo crossover da Mitsubishi chegue atrasado ao mercado brasileiro. O projeto do ASX é bastante comum se comparado à nova geração dos similares coreanos. Na verdade, ele está mais para concorrente do Tucson que do ix35. Mas a montadora japonesa tem seu público fiel. Em 2011 no Brasil.

Renault Scénic III

Segundo o presidente da Renault brasileira, Jean-Michel Jalinier, a empresa voltará a vender a Scénic no Brasil, agora da versão III. Boa notícia porque a minivan é elegante, espaçosa e moderna, com direito a GPS integrado ao painel. Em 2011, talvez.

Renault Fluence

O novo sedã médio da Renault, que assume o lugar do Mégane, não convenceu ao vivo. Suas linhas são coerentes, mas não se vê nada que possa destacá-lo dos demais sedãs vendidos no país. Por dentro, é mais conservador – nada de freio de mão no estilo manete de potência de avião -, e por fora não dá impressão de ser tão grande, embora o porta-malas seja bem espaçoso. Em fevereiro de 2011 no Brasil.

Renault Duster

Palavras do presidente da Renault: “o nosso Duster será muito melhor que o europeu”. Que assim seja porque o modelo da romena Dacia é assustadoramente básico, até mais que o Logan nacional. E não se enganem. O Duster é uma versão alta e com traseira mais longa de um Sandero. Nada mais. Em setembro de 2011 no Brasil.

Nissan March

E por falar em carros que decepcionam, o novo Micra – March para nós – deixou muito a desejar. A Nissan precisará de anúncios de TV mais agressivos que os atuais para motivar o público, a não ser que o March chegue ao Brasil muito barato ou muito equipado. O design é sem sal e o interior cheio de plásticos aparentes. Pelo menos oferece ótimo espaço vertical. No 1º trimestre de 2011 no Brasil.

Jeep Grand Cherokee

Primeiro modelo da nova fase da Jeep, sob o comando da Fiat, o Grand Cherokee está mais refinado e sem perder a cara da marca. Mas continua um carro muito americano, com interior quadradão, carregado de detalhes em madeira. Pelo menos é mais econômico. Em 2011 no Brasil.

Ford Focus

A 3ª geração do Focus – nós estamos na 2,5 – é, realmente, uma tacada certeira. O carro da Ford exala agressividade e agrada até mesmo na versão sedã, coisa que nunca aconteceu. Mas o forte do carro é o interior, envolvente e com uma posição de dirigir instigante. Bem que a Ford poderia adiantar seu lançamento, mas não esperem por nada antes de 2012.

Land Rover Range Rover Evoque

O baby Land Rover nem parece que é feito pela mesma marca do Defender. Suas linhas são muito futuristas e seu tamanho, minúsculo. A fileira traseira de bancos, por exemplo, mal acomoda um adulto médio. Mas o painel é um show, vide o botão de seleção das marchas, por exemplo. Em 2012 no Brasil.

Citroën C3 e C4

O presidente da Citroën no Brasil, Ivan Segal, disse que está feliz com as vendas do C3 e do C4 no Brasil, ambos da geração anterior. Mas não deveria porque as novas gerações de ambos seriam uma virada fenomenal nas vendas em nosso mercado. Projetos mais racionais e sofisticados, os dois carros podem agradar até mesmo que torce o nariz para os modelos franceses. O C3, por exemplo, agora ganhou painel verdadeiro e oferece espaço para as pernas no banco traseiro. Já o médio C4 é um avião: envolvente, elegante, mas que ainda tem uma pitada do exotismo francês, a minúscula manopla do câmbio automático. O C3 deve chegar ao Brasil em 2012, já o C4 demorará mais. Resta saber se terão o mesmo conteúdo dos europeus.

Citroën DS3 e DS4

As versões Premium do C3 e do C4 encantam ainda mais, principalmente por fora. Por dentro, são semelhantes, é verdade, mas a ideia é boa já que o acerto dinâmico deles é mais esportivo e voltado para outra clientela. Mais uma vez, a Citroën decidiu não agradar os brasileiros e protelou a chegada deles no país. Agora será no início de 2012, antes dos novos C3 e C4.

Peugeot 3008

Para uma marca que não tem tradição em crossover, o 3008 é uma grata surpresa. Mantém um certo ar característico da Peugeot, mas inova com um cockpit portentoso e bem equipado. Cheira a sacada das boas no Brasil. Este ano no Brasil.

Peugeot 508

O novo sedã da Peugeot é um... BMW. Brincadeiras à parte, ver o 508 ao vivo é constatar que a montadora francesa se rendeu ao design marcante dos alemães, basta notar a traseira do carro que substitui numa tacada só o belo 407 e o antigo 607. Em 2012 no Brasil.

BMW X3

Merecia outro nome: X5-B porque a nova geração do SUV da BMW deixou de lado a timidez e ficou forte, muito forte. É um veículo largo, de traços largos que deixariam a primeira geração do X5 ofuscada. E, além disso, é bonito. No Brasil após o Salão do Automóvel.

Volvo S60

É um mistério a Volvo não fazer o sucesso que merece. É só conhecer o S60 para entender que os suecos têm um design cativante, soluções interessantes a boa fama de fazer carros seguros – embora o sistema que freia o veículo sozinho ande dando vexame. O novo sedã é belíssimo e envolvente, mas a Volvo precisa mostrá-lo mais para os brasileiros saberem que ele existe. No final do ano no Brasil.

Mercedes-Benz CLS

A primeira geração foi um marco no setor, com suas linhas elegantes e o milagre de oferecer quatro portas num carro que tinha tudo para ter apenas duas. Superar esse feito seria difícil, então a Mercedes optou por repensar o CLS na segunda geração. Claro que o resultado não supera o anterior, que continua um dos carros mais belos da história, mas o novo compensa em luxo e força. Em 2011 no Brasil.

Mini Countryman

Que ele vai ter público cativo, não há dúvida, mas que o Countryman está muito longe da ideia original do Mini, está. Anabolizado, com imensas rodas brancas, o Mini 4x4 parece até maior do que é. Em outubro no Brasil.