Mini quer ser o carro da balada

Compacto premium inglês aposta em visual descolado e em linguagem jovem para atrair seu público

Mini Cooper S | Imagem: Mini

Quem compraria um carro que tem as mesmas dimensões que um Gol, motor 1.6 com 120 cv e toparia pagar R$ 92 500, o suficiente para levar uma picape Hilux diesel cabine dupla? Parece absurdo, mas muita gente. Tudo em razão da forte emoção que o modelo em questão desperta nas pessoas. Ele mesmo, o Mini, a nova geração do carrinho que é um dos automóveis mais britânicos da história.

Reedição da versão original, que surgiu como um a espécie de carro popular inglês, o Mini hoje é um veículo diferente. Cresceu um pouco, mas ficou mais sofisticado e exclusivo. Não é para menos: existe apenas uma fábrica no mundo e com capacidade limitada de produção. Tanto assim que os brasileiros precisaram esperar uma ampliação da unidade para poder comprá-lo diretamente da BMW, dona da marca.

Mas o Mini já é figura carimbada em algumas cidades como São Paulo e Rio, isso porque a importação independente aproveitou a grande procura para trazê-lo com preço bem mais alto.

Agora a BMW acabou com a moleza e quer recuperar o tempo perdido. Para isso apresentou o Mini à imprensa nesta segunda-feira, dia 13, dizendo ter já 40 reservas feitas pelo site especial (www.miniposts.com.br).

Estilo descolado

Para entender o Mini, não precisamos de muitas palavras. O visual diz tudo: um hatch largo, com faróis ovalados, teto branco e interior original. Não há como confundi-lo no trânsito e essa a intenção. O dono do carrinho é jovem, de alto poder aquisitivo, mas que não se preocupa com potência ou velocidade. O que vale é o estilo descolado, de quem não se encaixa em estereótipos comuns.

Essa é a visão da marca, que aposta numa campanha centrada em banners em sites internacionais – você não leu errado – como o da revista Wired e da Rolling Stone, que costumam ser acessados pelos potenciais clientes.

Serão quatro versões disponíveis – a mais básica, One, foi deixada de lado -, o Cooper, de entrada, que custa R$ 92 500 e vem com câmbio manual de 6 marchas; o Cooper com transmissão automática e preço de R$ 98 500; o Cooper S, com motor turbo de 175 cv e a “perua” Clubman, com entre-eixos maior. Os dois só podem ser adquiridos com câmbio automático e custam R$ 119 500 e R$ 129 500, respectivamente.

Apesar do tamanho diminuto, o Mini tem equipamentos equiparados aos de sedãs mais luxuosos: seis airbags, ABS com EBD, faróis de xenônio, acionamento do motor por botão estão entre os itens de série.

Mas não espere muito espaço – o Mini nasceu para os jovens não só no visual. Por outro lado, o desempenho até surpreende. O Cooper atinge 203 km/h na versão aspirada e 227 km/h na turbinada. A aceleração de 0 a 100 km/h também é respeitável: 9,1 segundos no primeiro caso e 7,1 segundos, no segundo.

Mil minis

A expectativa da BMW é tão otimista que os executivos acreditam que somente em 2009 emplacarão 600 unidades, total que pode chegar a mil carros em 2010. Mesmo com crise financeira no horizonte.