Possui carro com start-stop? Troca da bateria exige cuidados importantes

Sistema é um importante aliado na economia de combustível na cidade, porém demanda uma bateria mais robusta
Veja como evitar problemas com a bateria de seu carro

Veja como evitar problemas com a bateria de seu carro | Imagem: Pixabay

Seja por conta de normas de emissões mais rígidas ou a própria demanda dos consumidores por automóveis mais econômicos, a aplicação do sistema start-stop é algo cada vez mais comum entre os carros produzidos no Brasil. 

O recurso em questão atua na desativação do motor em paradas mais prolongadas, como em um semáforo, por exemplo, e realiza a partida do propulsor no momento em que o motorista aciona a embreagem ou alivia o pedal do freio no caso de carros automáticos. Com isso, o start-stop resulta em uma redução considerável no consumo de combustível em trajetos urbanos. 

De acordo com projeções da BorgWarner, a participação mundial do start-stop nos automóveis deve registar um salto, passando de 42%, em 2017, para 65%, em 2027. 

A presença do start-stop, contudo, demanda o uso de baterias mais resistentes, que suportam uma rotina de partidas do motor muito mais intensa. 

Enquanto um veículo convencional, sem start-stop, faz, em média, de seis a oito ciclos de partida (ignição) por dia, o veículo equipado com a tecnologia start-stop registra aproximadamente 200 ciclos”, exemplifica Luiz Fernando da Cruz, engenheiro de design de produto da Clarios/Heliar. 

Tipos de bateria

Com isso, os carros com start-stop geralmente utilizam baterias do tipo AGM (Absorbent Glass Mat – Manta de fibra de vidro absorvente) ou EFB (Enhanced Flooded Batteries – Baterias Inundadas Aprimoradas), as quais foram pensadas para resistir à demanda de atuação muito mais intensa em relação às baterias do tipo convencional, conhecidas pela sigla em inglês SLI Flooded (Starting-Lighting-Ignition ou partida-iluminação-ignição). 

As baterias AGM instaladas como padrão devem ser substituídas apenas por baterias AGM. Isso também vale para o caso das baterias EFB, ou seja, nunca devemos trocar uma bateria de tecnologia avançada por uma convencional”, alerta o engenheiro. 

As baterias do tipo AGM e EFB conta com ciclo de vida até três vezes maior do que as baterias SLI, por conta disso são as ideais para veículos com demandas de energia particularmente altas. A bateria AGM também garante que o motor sempre dê partida de forma confiável após cada parada no modo start-stop. 

Cuidados na hora da troca

A Clarios também explica que, por conta do sistema eletrônico embarcado nos veículos com start-stop, a troca pode exigir cuidados especiais. 

No momento de conectar e desconectar as baterias, é necessário atenção redobrada para evitar problemas como a desconfiguração do sistema de gerenciamento de energia ou até danos.

Em carros híbridos e elétricos, o engenheiro da Clarios salienta que, normalmente, são utilizadas baterias do tipo AGM uma vez que elas têm a capacidade de receber constantemente energia proveniente de outros sistemas, como o de freio regenerativo, por exemplo, que transforma a energia cinética das rodas em elétrica e a envia para as baterias e alternadores inteligentes. 

Apesar do custo superior das baterias AGM ou EFB em relação às baterias convencionais do tipo SLI, é importante, como dito, preservar a originalidade do conjunto para evitar danos aos demais sistemas do veículo. 

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Imagem: Reprodução

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