Produção nacional de carros flex chega a 20 milhões de unidades

Mercado tem atualmente 200 modelos de 15 marcas equipados com a tecnologia

Gasolina ou etanol? | Imagem: VW

Os carros com motores flexíveis que podem ser abastecidos com etanol ou gasolina de forma isolada ou misturados em qualquer proporção completaram em junho 10 anos de existência e atingiram o volume de 20 milhões de unidades produzidas no Brasil. O número foi divulgado pelo presidente da Anfavea (associação das montadoras), Luiz Moan, durante o Ethanol Summit 2013, conferência sobre o setor sucroenergético, realizada em São Paulo (SP) na última sexta-feira (28).

Desenvolvida no Brasil, a tecnologia está presente atualmente em 200 modelos de 15 marcas, entre nacionais e importados.

O primeiro automóvel nacional flex foi o Volkswagen Gol, que na ocasião inaugurou a linha de motores “Total Flex” da montadora alemã. O modelo estreou em março de 2003 com o bloco 1.6 bicombustível. Nesse mesmo ano a General Motors lançou o motor 1.8 “FlexPower” no Corsa. Em 2005, entraram para o grupo Ford, Fiat, Peugeot, Honda, Mitsubishi, Toyota e Citroën.

Veja mais: Fox BlueMotion 1.0 mira no bolso do cliente

A oferta de motores flex cobre atualmente mais de 90% dos carros à venda no Brasil, ao passo que a frota circulante corresponde a quase 60% do total e pode chegar a 80% em menos de cinco anos, conforme previsão da Anfavea.

Engana-se, porém, quem pensa que o Gol foi o primeiro veículo flex do mercado. A tecnologia estrou no rudimentar Ford T, fabricado entre 1908 até 1927, que também foi o primeiro automóvel produzido em série no mundo. O carro possuía um carburador de injeção ajustável que permitia o uso de gasolina, etanol ou uma mistura de ambos.